A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) emitiu comunicado sobre nova redução da vazão do Lago de Sobradinho (BA). O novo cronograma aponta que a partir de 18 de maio, a vazão passará a 650 metros cúbicos por segundo (m³/s), chegando aos 600 m³/s em 29 de maio.
Os testes para essa redução mínima, que poderá chegar a novembro com 570 m³/s, já foram autorizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Agência Nacional das Águas (ANA). A diminuição da vazão atingirá também o reservatório de Xingó. Atualmente a vazão de Sobradinho é de 700 m³/s.
A redução anunciada será feita em três etapas, sendo a última no final do mês. Conforme o superintendente de operação da Chesf, Tony Ulysses Formiga, o aviso é importante para que as comunidades ribeirinhas possam se preparar melhor e se adequar ao novo volume que será liberado pela Chesf para os reservatórios da região.
É o que acontece quando o governo controla setores que requerem grande produtividade como o setor elétrico: o resultado é a defasagem e tarifas entre as mais caras do mundo. Enquanto que nos países desenvolvidos com setores elétricos totalmente privatizados e alta concorrência entre as operadoras, avançaram com a exploração de novas fontes de energia, o Brasil com suas estatais e empresas privadas operando sob reserva de mercado ficou paralisado no tempo com suas hidrelétricas, mesmo tendo umas das maiores matrizes de geração de energia elétrica renováveis e limpas do mundo, mas que estão sendo subutilizadas por falta de investimentos. O resultado é esse, as hidrelétricas sendo exploradas ao máximo de suas capacidades, uma seca prolongada e vai tudo para o brejo, encarecendo ainda mais o custo da energia, e os prejuízos ambientais que podem ser provocados com atitudes como esta da redução da vazão da represa de Sobradinho.