Chesf muda marca após 62 anos de existência

por Carlos Britto // 16 de março de 2010 às 20:59

logo_chesfA Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, assim como outras 15 subsidiárias do Sistema Eletrobrás, perderá a sua marca. A partir do dia 22, todas as companhias passarão a usar, antes de seu nome, uma marca padrão que levará o nome da holding estatal sem o acento. Desta forma, em vez de apenas Chesf, a estatal nordestina – que compreende 15 usinas na região – se chamará Eletrobras Chesf. O projeto da nova marca, que custou R$ 1 milhão, será lançado em todo o país, no próximo dia 22. Ontem (15), durante a comemoração dos 62 anos da companhia, funcionários protestaram contra a nova marca e possíveis mudanças na operação da Chesf.

A identidade visual única das subsidiárias tem o objetivo de dar ao sistema Eletrobrás um posicionamento global. Por esta razão, a nova marca também não terá o acento para facilitar o entendimento pelo público estrangeiro, assim como feito com a Petrobras. Segundo o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, as marcas das empresas do sistema não geram identificação entre elas. Com a mudança, as companhias estarão unidas sob a marca básica da holding. Como o nome das subsidiárias será mantido ao lado do nome Eletrobras, Muniz defende que não haverá perda da identidade regional. “Fizemos questão de manter os nomes das empresas, pois elas têm uma presença regional muito significativa, que agrega muito valor à Eletrobrás”, explica ele.

Os funcionários da companhia, no entanto, não pensam dessa forma. Ontem, quando a Chesf completou 62 anos, houve um protesto dos empregados na sede da companhia, no Recife. Robstaine Saraiva, diretor de benefícios da Fachesf (fundação de seguridade social dos funcionários da empresa), disse que “a mudança da marca levará a uma perda da autonomia da companhia. A Chesf é um símbolo para o Nordeste, é pioneira no estudo e desenvolvimento de fontes alternativas e acumula um profundo conhecimento técnico sobre as particularidades da região Nordeste e do Rio São Francisco. Tudo isto vai se perder se a empresa se transformar em um mero escritório”.

Com informações do DP

Chesf muda marca após 62 anos de existência

  1. Fernando Beça disse:

    Prezado Carlos Brito e seus leitores.

    Convido-os a conhecer o ambiente http://chesfsempre.blogspot.com um espaço em defesa da CHESF.
    Nos Nordestinos não podemos permitir o que estão a tentar fazer com a CHESF.
    O Nosso Presidente Lula ao dizer muito corretamente que quer uma Petrobrás do Setor Eletrico,, está a ser lubridiado e sem perceber permite que interesses privatistas extremamente dissimulados prevaleçam neste processo extremamente açodado de Transformação da Eletrobrás.

    Forte abraço e vamos à luta Nordestinos!!!

  2. Petrolinense de Coração disse:

    A única cidade que tá preocupada com a CHESF é Recife onde fica sua sede, apesar da mesma não se situar no São Francisco, por isso nunca concordei que a sede de uma empresa que explora, e impactua, nossa região ter sede em outro lugar. Outra coisa, não incluam os outros nordestinos na preocupação de Recife em perder poder, no caso das decisões serem transferidas para o Rio de Janeiro. Se virem, o problema é de vocês queridos, quem vai perder poder não será Petrolina!

  3. fabio disse:

    antes d e mudar o nome a chesf tem que pagar é o que deve tem divida milionaria com ribeirinho ai é fachada para nao pagar as dividas que tem com atingidos pela barragem d e itaparica esta ai divida a mas d e 25 anos.

  4. Francisco disse:

    A CHESF não perderá a sua marca. Fará parte de uma marca muito mais notável e mais forte e o melhor: Continuará sendo do Brasil! Antes a união do que a cisão, como queria o PSDB no passado com a intenção de enfraquecê-la e privatiza-la.

  5. Fernando Beça disse:

    Prezados,

    Não pretendo ser o dono da verdade. Só estou a alertar sobre os riscos que o Nordeste terá com a “departamentização” da NOSSA CHESF.
    Esta questão não deve ser tratada como partidária.

    A CHESF não irá para o exterior,irá prestando serviço para a Eletrobras. A união sempre é bom, mas a concentração de poder é terrível Francisco. O que está a acontecer é uma super concentração do poder, o que vai de encontro a tudo o que foi apregoado na Constituição de 88.

    A sede da CHESF (o centro decisório) sendo em Recife ou no Rio, tem muitas diferenças para quem vive na Região.
    Por exemplo a, Empresa de Pesquisa Energética – EPE. que atualmente faz o planejamento do setor Elétrico Nacional, que antes era feito na Eletrobras e que tem sede no Rio, está a fazer concurso para preencher vagas nos seus quadros. As provas serão realizadas no Rio, São Paulo e Brasília. Esta Empresa é nacional faz o planejamento Energético do Brasil, toda a Nação paga os seus custos com pessoal. Quais as chances das pessoas de Paulo Afonso, Boa Esperança, Maceió, João Pessoa e o resto do Nordeste terem esta vaga ?
    Será assim quando a sede for no Rio de Janeiro, que alias é muito solidário com o resto do Brasil, veja o caso do Petróleo. Os melhores empregos, que estavam em Recife, na sede, os empregos de engenheiros, economistas, administradores são peenchidos com pessoas oriundas de Campina Grande, Recife, Fortaleza, Maceió. E agora com o concurso até em Brasília. Os filhos dos empregados da Chesf e seus netos sempre tiveram facilidades de preencher vagas e realizarem concurso nesta empresa. Terão com a transferência ?

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