Codevasf preserva bioma caatinga em área irrigada do Norte da Bahia

por Carlos Britto // 26 de abril de 2017 às 15:09

No Projeto de irrigação Salitre, em Juazeiro (BA), uma área de mais de 3 mil hectares é destinada à preservação do bioma caatinga, em projeto executado pela 6ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf. Espécies como cacto, xique-xique e mandacaru – vegetação típica deste bioma único no mundo e que tem seu dia lembrado nesta sexta-feira, 28 – são algumas exemplos da riqueza que compõem o cenário do Salitre.

São 2.033 hectares de Reserva Legal, destinados a conservar a vegetação nativa da Caatinga, predominante na região semiárida. De acordo com o técnico da 6ª SR da Codevasf, José Gabriel Barbosa Lopes, que atua no apoio administrativo do projeto de irrigação, essa área de preservação é totalmente cercada para evitar que alguns animais ou até mesmo pessoas danifiquem ou retirem do local as espécies vegetais.

“Na área são encontradas essas espécies e ainda a aroeira, o umbuzeiro, o juazeiro, o caroá e o marizeiro”, enumera o técnico. O bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Quase 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente de seus recursos para sobreviver.

No Salitre, a Codevasf destinou cerca de 1.100 hectares para a “servidão florestal”, objetivando a preservação ambiental, além dos 2.033 hectares, limitados por cerca de arame e mourões de concreto.

“Essas áreas devem compor a paisagem dos novos projetos públicos de irrigação, junto com os lotes com produção agrícola, e reúnem vegetação nativa em bom estado de conservação, além de representar refúgio para muitos animais silvestres, como teiús, emas e saguis”, explica a chefe na Unidade de Meio Ambiente da Codevasf em Juazeiro, Edneuma Gonçalves de Souza.

Preservação

O trabalho de conservação da Codevasf nessa área é relevante para o desenvolvimento sustentável, a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e do regime hídrico. “A preservação de áreas cobertas por vegetação nativa nas proximidades dos campos cultivados possibilita o controle biológico de pragas, regulando o funcionamento dos agroecossistemas a partir da seleção de plantas e de técnicas de manejo para estruturar o sistema produtivo nos lotes”, afirma Edneuma Souza.

Essas tecnologias têm como objetivo auxiliar agricultores na adequação de seus sistemas produtivos tradicionais às bases ecológicas exigidas pelo mercado atual, conjugando a utilização dos recursos naturais com a responsabilidade de preservá-los.

Dia Caatinga

O Dia Nacional da Caatinga, instituído por Decreto Presidencial em 20 de agosto de 2003, é celebrado todos os anos em 28 de abril. Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga ocupa cerca de 844,4 mil quilômetros quadrados – o equivalente a 11% do território nacional – e engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. (Foto: Ascom)

Codevasf preserva bioma caatinga em área irrigada do Norte da Bahia

  1. Aldenicio Lino disse:

    Seria interessante se existisse respeito por parte das pessoas e entidades. Área de preservação ambiental do Projeto Senador Nilo estar ocupada por MST, Associações etc; são mais de 700 hectares ocupados e degradados. Área de preservação deveria ser algo intocável onde as pessoas respeitasse. Já falava LULA quando iniciou seu primeiro mandato : todos gostariam de ver o Ministério Público atuante e a Policia Federal prendendo, mas os outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários