A governadora Raquel Lyra (PSDB) tem recebido uma saraivada de críticas sobre a falta de trato de sua coordenação política e de sua comunicação. A comunicação tem sempre errado o alvo, e a direção e a política batem cabeça pela falta de articulação.
Quase ninguém entendeu a mexida de pedras em Caruaru, no Agreste Central, quando a governadora puxou Tonynho Rodrigues, filho do ex-prefeito Tony Gel, do MDB, para mais uma candidatura a prefeito em sua cidade natal, mesmo apoiando o atual prefeito Rodrigo Pinheiro, do seu partido, e depois de ter flertado com os Queiroz.
Acontece que o prefeito não aceitou ter Tonynho como seu vice por acreditar que puxaria sua chapa para baixo em um momento que gostaria de mostrar um ambiente de renovação na política caruaruense.
A governadora temeu que o grupo de Zé Queiroz puxasse Tonynho, promovesse o sentimento de indignação e, por isso, patrocinou a candidatura da outra via para embolar o jogo. O problema é que, quem não é do ramo, não entendeu o jogo e recebeu a informação como uma bola nas costas do prefeito.
Na verdade, ninguém sabe qual será o impacto disso no jogo e no resultado eleitoral. Mas é cedo para conclusões precipitadas, como é tarde para ações não planejadas e estabanadas. É esperar para ver o que escreverá a história.
Reviravolta
Em uma reviravolta política, a vice-prefeita de Santa Filomena (Sertão do Araripe), Francinete Diniz, anunciou a sua filiação ao Partido Progressistas. O movimento marca uma ruptura com o governo atual, liderado por Pedro Gildevan, e coloca Diniz no mesmo campo que a oposição, que tem Wagner Mororó como pré-candidato à majoritária. A adesão de Francinete ao grupo de Wagner Mororó fortalece o projeto “Novo Tempo”, que já conta com a ex-vice-prefeita Auxilene Rodrigues. Juntas, elas caminharam com o objetivo de vencer as eleições de 2024.
Buscando consenso
Na contramão do que poderia representar o esfacelamento do União Brasil em Pernambuco, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho avisa que um novo capítulo começa a ser escrito para garantir o crescimento da legenda no Estado. O político ainda aposta em um consenso na legenda para garantir a reeleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB) e não descarta levar o deputado federal Mendonça Filho, adversário do gestor e historicamente afinado com a vice-governadora Priscila Krause.
Juntos pela oposição
O cenário político de Afogados da Ingazeira ganha um novo capítulo com a oficialização da nominata do União Brasil (UB) na cidade. O diretório, liderado pelo advogado Décio Petrônio, consolida a presença do partido na disputa eleitoral e indica seu posicionamento ao lado da oposição, em apoio ao pré-candidato a prefeito Danilo Simões.
Ela ainda não se ateve que não será reeleita, tem rejeitado quem a apoiou, exemplo recente é da polícia militar, que fecharam em sua totalidade com a sua eleição, são quase 150 mil votos que dificilmente ela terá novamente, ela é hoje, “persona non grata” pelos policiais militares.
Desde o século passado Caruaru sempre foi um “balaio de gatos” para efeito de contexto político. Sempre os mesmos mandaram! Notadamente, após a vigência da Constituição da República de 1988. O feudo sempre ficou entre Queiroz, Lyra e Tony Gel. São quase quarenta anos de “ciranda ritmada” para um povo que nunca quis se libertar. Tais maiorais brigam entre si e depois se unem para conseguir o próximo pleito. Em 2012 por exemplo, José Queiroz e João Lyra estavam “inimigos fidalgais”, ou seja, brigando com o fígado e a todo gás, até que no dia da eleição o João declarou o voto no José. E a vida seguiu em frente! Todos sabem ou deveriam saber, que às quatro mazelas da política brasileira são: O analfabetismo político; Partidos Políticos com dono; Políticos profissionais e Reeleição. A história de repete! E agora vem a distribuição hereditária. Agora é a vez da Raquel Lyra que tomou o PSDB do Rafiê Delon e incorporou o Rodrigo Pinheiro e quer por fina força trazer o Toninho Gel para o seu clã. Enquanto isso o povo é quem menos conta. 2024 está posto! O Estado intervirá no Município de Caruaru. Outra vez vencerá o poder econômico aliado às estruturas políticas. Nunca nascerá uma terceira via de verdade em Caruaru. Concluo com o velho pensamento de outrora, cantado por Sá e Guarabira: “E, no ABC do Santeiro, o A diz “adeus a matriz”, o B diz “batalha de morte” e o continua dizendo “coitado do povo infeliz””. Quanto a mim: Mil vezes o processo da conscientização do que o anestésico da alienação ou o fel da omissão política. Tentarei mais uma vez votar naquele que for, ao meu pensar, o menos deletério para o povo de Caruaru.