Coluna da Folha: As eleições e o tempo para votar

por Carlos Britto // 08 de setembro de 2022 às 07:00

Foto: TSE/reprodução

As comarcas eleitorais do Interior pernambucano já se preparam para um novo momento onde os eleitores brasileiros contarão com tempo extra para conferir o voto na urna eletrônica, no pleito deste ano. No próximo dia 2 de outubro serão escolhidos, em primeiro turno, candidatos para cinco cargos. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.

Pela primeira vez, a urna eletrônica liberará a confirmação do voto (no botão verde ‘Confirma’) após um segundo do preenchimento completo dos números do candidato para cada cargo. A cada uma das cinco confirmações de voto, a urna emitirá um som breve. Ao fim, depois da escolha do candidato a presidente, o aparelho emitirá o clássico som, mas por um período mais longo.

O primeiro cargo a ser preenchido na urna é para deputado federal (com quatro dígitos). Em seguida, o eleitor deve escolher o candidato a deputado estadual ou distrital – no caso dos eleitores do Distrito Federal – (com cinco dígitos). Depois, deve votar para senador (com três dígitos), e, então, para governador (dois dígitos). O último voto será para presidente da República (com dois dígitos).

O chefe da Seção de Voto Informatizado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rodrigo Coimbra, esclarece o motivo da implementação desse tempo a mais na urna eletrônica. “Foi introduzido para estimular a conferência do voto e impedir que o eleitor confirme sem querer”, explica.

O desafio é chegar nos mais simples dos pernambucanos com essa informação e garantir que a novidade não provoque filas que possam atrapalhar a votação no domingo da eleição.

Recomendou

Em Floresta (Sertão de Itaparica), o Ministério Público Eleitoral expediu recomendação aos candidatos, dirigentes partidários e eleitores alertando sobre as práticas vedadas durante o período de campanha. Essa medida tem como finalidade garantir a lisura da votação e a legitimidade dos resultados.

Guerra na Casa Alta

Além da guerra pelo Governo de Pernambuco a disputa pelo senado esquentou. O candidato à Casa Alta, Gilson Machado (PL), bateu forte na candidata do PT, Teresa Leitão com relação a um vídeo publicado na internet sobre o piso salarial da Enfermagem. Gilson assegura que a petista entrou com pedido na Justiça pela remoção de um vídeo publicado por ele em suas redes sociais, que falava sobre a suspensão do piso, expedida no último domingo pelo ministro Luís Roberto Barroso, indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff, também do PT, reforçando que a medida favorável aos enfermeiros havia sido sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Desconstruindo

O candidato da Frente Popular Danilo Cabral (PSB) partiu para o ‘tudo ou nada’ no ataque a Marília Arraes (SD), líder nas pesquisas. “Vocês do PT, como nós do PSB, conviveram com Marília. Eu digo e repito: ela foi vereadora do Recife, secretária no Recife, deputada federal. E, sinceramente, eu faço uma pergunta a vocês de forma muito franca porque estou aberto ao diálogo. Me digam o que Marília fez de entregas por onde ela passou?”. Marília optou por não responder em público, mas em conversas privadas faz uma pergunta: “Danilo conversa com Lula sobre o seu voto contra Dilma que cassou o seu mandato?”.

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