Em Olinda, a juíza Flávia Fabiane Nascimento Figueira ouviu a última das sete testemunhas do caso que poderá resultar na cassação de quatro vereadores, segundo os suplentes que entraram com ação.
O processo é movido por candidatos que não se elegeram no último pleito, apontando irregularidade com supostas candidaturas ‘laranjas’ e no número de mulheres nas chapas dos partidos Cidadania, PDT e PSC. A ação foi dividida em três partes, uma para cada partido, e mais de cem pessoas já foram ouvidas.
Pela ação impetrada, poderiam perder o mandato os seguintes vereadores: Vlademir Labanca (PSC), Everaldo Silva (PDT), Bruno de Melo (CID) e Jesuíno Araújo (CID). Os que assumiriam no lugar seriam Gisele Tavares (PSL), Professor Marcelo (SD), Flávio (Fofão) Urquisa (MDB) e Neto Beira Rio (PSDB).
A juíza que está analisando o caso é a Flávia Fabiane Nascimento Figueira, mas para que os parlamentares sejam cassados e os suplentes assumam, será necessário que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirme a decisão da magistrada.
A mesma juíza, no ano passado, acolheu a ação que cassou o vereador Ademílson Bezerra Torres, o ‘Tostão de Olinda’, por abuso do poder econômico e político. Tostão ainda teve que pagar quase R$ 24 mil de multa e ficou inelegível por oito anos.
O B.O da transição
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) homologou Auto de Infração lavrado no final de 2020 contra o ex-prefeito de Catende, Josibias Darcy de Castro (PSD) Cavalcanti, por descumprimento de normas relacionadas à transição de governo. De acordo com o relatório, o então gestor deixou de enviar ao TCE a relação dos membros da comissão de transição indicados pelo candidato eleito, ou uma declaração negativa em caso de omissão, o que configura sonegação de informação. Apesar de ter sido pessoalmente notificado quanto à irregularidade, ele não se manifestou. O TCE ainda aplicou multa no valor de R$ 9.183,00 a Josibias.
Chateada, mas na espera
A vereadora de Petrolina, Maria Elena (UB), ainda não engoliu o insucesso das urnas quando tentou ser deputada estadual. Ela se disse “muito prejudicada e perseguida” pelo seu partido durante o processo eleitoral. “Eu fui altamente prejudicada, do ponto de vista econômico, O partido foi de uma covardia terrível. Enquanto Socorro Pimentel recebeu quase R$ 900 mil do partido, veio R$ 72 mil para mim. Então, você ter quase 19 mil votos, nessa situação…por isso que digo foram os mais dignos que já tive“, afirmou. Primeira suplente, a vereadora ainda nutre a esperança de ser convocada para a Alepe.
Antes de todo mundo
Mesmo eleita para o mandato que começa em fevereiro de 2023, Socorro Pimentel (UB) assumirá o mandato ainda nessa legislatura pelo afastamento da deputada Priscilla Krause (Cidadania), que irá se afastar de suas funções na Alepe e tomará posse como vice-governadora. A deputada eleita se pronunciou e destacou que, ao contrário do que se pensa, o mês de janeiro será de muito trabalho. “O mês de janeiro de 2023 será muito importante para o nosso Estado, com matérias importantes, dentre elas uma ‘provável’ reforma administrativa, em virtude da posse da nova gestão em Pernambuco. Deus no comando, sempre!”, afirmou.