Coluna da Folha: Prefeito Miruca se fortalece em Água Preta

por Carlos Britto // 27 de setembro de 2024 às 07:00

A poucos dias das eleições, João Fernando Coutinho (SD) retirou sua candidatura à Prefeitura de Água Preta (Mata Sul), declarando apoio ao prefeito Miruca (PSB), que busca a reeleição. A decisão, anunciada na noite de quarta-feira (25), foi motivada pela falta de opções eleitorais de Coutinho, que sofreu dificuldades em seguir na disputa sem o respaldo do PSB. O agora ex-candidato afirmou que o pacto firmado desde o início, em caso de retirada do seu nome, era manter Miruca como o nome do partido.

O movimento consolidou o campo do prefeito, que assumiu a prefeitura após a cassação de Noé Magalhães (PSB) e de seu vice, em meio a acusações de compra de votos. Com o apoio de João Fernando, Miruca ganha força para enfrentar seu principal adversário, Tonhão (PP), em um cenário de campanha já marcado por articulações de última hora.

Ao recuar, João Fernando demonstrou alinhamento estratégico ao optar pela “unidade” em torno do nome de Miruca. No entanto, o jogo também expõe as dificuldades de navegação em um campo político pelo qual o controle do PSB é disputado por grupos rivais.

Agora, a eleição em Água Preta segue com menos um candidato, mas há tensão entre os blocos, que ainda permanece alta.

Cenário eleitoral

Durante sabatina, Albérico Rocha (PSB), candidato à Prefeitura de Iguaracy, no Sertão do Pajeú, criticou a ausência de seu oponente, Pedro Alves (PSDB), e defendeu que sua candidatura não sofrerá revisões jurídicas, apesar da apelação do Ministério Público ao TRE-PE. O candidato também abordou temas como a transparência na gestão pública, citando a investigação do MPPE sobre possíveis irregularidades salariais na administração da atual prefeita, Zeinha Torres. Confiante em sua campanha, Albérico destacou ações de sua gestão anterior e reafirmou a confiança na Justiça para manter sua elegibilidade.

Troca de acusações

A Frente Popular de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, rebateu as críticas da Coligação União pelo Povo, classificando as ações de seus oponentes como “factoides eleitorais”, sem base jurídica. O grupo, liderado pela gestão atual, acusa a oposição de tentar confundir os eleitores com ataques infundados na reta final da campanha. A Frente garante que sua campanha siga com tranquilidade e que as pesquisas eleitorais indiquem uma vantagem clara, o que estaria incomodando os adversários e gerando essas investidas para desestabilizar o processo eleitoral.

Sem censura

A Justiça Eleitoral de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, rejeitou a ação movida pelo PT, partido da prefeita Márcia Conrado, contra uma jornalista e seu blog. O partido buscava impedir a divulgação de materiais que expunham denúncias sobre a gestão atual, incluindo acusações de gastos com combustíveis. O juiz Diógenes Portela negou a liminar  justificando a ação como uma tentativa de censura, e destacou que a imprensa exerce um papel legítimo ao noticiar fatos de interesse público, especialmente em ano eleitoral.

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