Coluna da Folha: Tentativa de calar comunidador repercute em Gravatá

por Carlos Britto // 28 de outubro de 2024 às 07:00

Foto: Reprodução internet

O ataque ao radialista José Marivan de Melo, em Gravatá, no Agreste Central, vai muito além de um simples ato de violência pessoal. O episódio traz à tona o ambiente de crescente tensão política no município, onde a liberdade de expressão parece estar cada vez mais sob ameaça.

Supostas denúncias de corrupção, irregularidades e subornos, que o radialista vinha expondo, geraram desconforto entre figuras influentes da cidade, resultando em uma tentativa de silenciá-lo.

A situação em Gravatá reflete um cenário recorrente no Brasil, onde aqueles que ousam expor os bastidores sombrios do poder local se tornam alvos.

O caso levanta questões sobre o uso do poder e a influência política para intimidar e, potencialmente, desestabilizar o processo democrático.

Quando vozes críticas são atacadas por figuras tão próximas ao núcleo de poder, o recado enviado à sociedade é claro: o espaço para a contestação é cada vez mais restrito. Isso reforça a sensação de que, em muitas cidades do Interior, as disputas políticas extrapolam o campo institucional e invadem perigosamente o terreno da violência.

A agressão ao radialista Marivan é um alerta sobre a vulnerabilidade de quem desafia os interesses instalados. Gravatá, assim como outros municípios, enfrenta o desafio de lidar com um ambiente político onde a crítica é vista como uma ameaça a ser eliminada, e não como parte essencial da construção democrática.

Mais cadeiras

André Paulo, ex-candidato a vereador em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, entrou com uma ação judicial para aumentar o número de cadeiras na Câmara Municipal, passando de dez para 15, conforme o crescimento populacional. Ele argumenta que o número atual favorece políticas tradicionais e concentra recursos. A ação busca ampliar a representatividade, assegurando uma distribuição mais justa no Legislativo local, diz ele.

Nova liderança 

Fabinho Lisandro (PRD), recém-eleito prefeito de Salgueiro, no Sertão Central, vem consolidando seu papel como uma força política emergente. Mesmo antes de tomar posse, ele já articula parcerias estratégicas em nível estadual e federal, com apoio de figuras como Humberto Costa (PT) e Raquel Lyra (PSDB). Suas ações iniciais, para buscar investimentos em infraestrutura e educação, demonstram sua habilidade em atrair recursos para contribuições do desenvolvimento regional. Fabinho quer posicionar Salgueiro como um polo de progresso e influência no Sertão.

Surpreendeu 

Elis Cunha, reeleita vereadora em Machados, Agreste de Pernambuco, surpreendeu. Com 12,74% dos votos válidos (1.127 votos), sua atuação em secretarias como Assistência Social e Controle Interno foram decisivas para sua votação. Ela já tinha articulado apoios importantes de senadores como Fernando Dueire (MDB), Humberto Costa e Teresa Leitão (Ambos do PT), trazendo investimentos em saúde, infraestrutura e capacitação. Agora, após a sua reeleição, Elis desponta como potencial candidata à presidência da Câmara, podendo tornar-se a primeira mulher a liderar o legislativo municipal.

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