A candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), conseguiu um feito inimaginável depois das rusgas pesadíssimas há pouquíssimo tempo: uniu os Coelhos em Petrolina na grande caminhada que promoveu na principal cidade do Sertão. De um lado Guilherme Coelho (PSDB), que foi o candidato a senador de Raquel, mais votado na cidade, mas ofereceu à sua candidata menos de 5 mil votos na eleição do primeiro turno.
Do outro lado, o time do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) completo, com os deputados Fernando Filho (UB), Antonio Coelho (UB), o ex-prefeito Miguel Coelho (UB), o prefeito Simão Durando (UB) e uma penca de apoiadores.
Todos estiveram lado a lado, sorridentes e confiantes, sem o clima hostil que se viu ainda nesta campanha eleitoral. Não havia qualquer bandeira de Lula ou Bolsonaro, mas teve lugar para Gonzaga Patriota e Lucas Ramos, na dissidência do PSB. Se todos estiveram juntos agora, estarão separadíssimos nas próximas eleições municipais, que já começam na segunda que vem, depois das eleições de governador e presidente.
Pelo lado dos Coelhos estará Simão Durando, prefeito no cargo e na vontade de querer permanecer. Do outro lado uma oposição esfacelada, que vai tentar virar a fênix renascida em um pleito complicado pela ‘Torre de Babel’ que se transformou.
Existe ainda um movimento embrionário de nascimento de uma terceira via, que enxerga que essa é a hora certa de acontecer. Essa movimentação já ganha reuniões animadas e nomes começarão a ganhar projeção. Na política funciona assim.
É isso aí.
Nada de partido
Não foi apenas a prefeita de Serra Talhada, Sertão Central, Márcia Conrado, que é petista, que não atendeu a resolução do partido e preferiu apoiar Raquel Lyra (PSDB), ao invés de Marília Arraes (SD). Dois vereadores do Partido dos Trabalhadores da cidade também preferiram votar em Raquel: Manoel Enfermeiro e Rosimério de Cuca. Os dois são da base de governo de Márcia e, pelo jeito, acham melhor seguir a prefeita que o partido.
Na defesa
O deputado estadual Diogo Moraes (PSB) tem acompanhado o deputado federal Danilo Cabral (PSB) em sua caminhada pelo interior do Estado. Em Sertânia (Sertão do Moxotó), o deputado lamentou a falta de êxito de Danilo na luta pelo governo do Estado. “Danilo era o candidato mais preparado. Estamos perdendo muito em não tê-lo no segundo turno, mas a vontade do povo é soberana. Aprendi muito nessa caminhada, Danilo fez uma campanha super alegre, com a cara dele, íntegra, sem ataques. Danilo é importante e grande”, disse Diogo Moraes.
Na estrada
Herdeiro político do irmão, Sebastião Oliveira (Avante), se elegendo como deputado federal com 141.386 votos, Waldemar Oliveira (Avante) continua percorrendo o Estado para agradecer os votos recebidos, e na luta pela eleição de Marilia Arraes (SD) e seu irmão, que compõe a vice na chapa majoritária. Waldemar se mostra otimista e acha que dá para virar o jogo.
Os coelhos deveriam se unir em prol de arranjar um emprego sem o erário.