O Sertão inteiro parou na tarde desta quinta feira (29) com a notÍcia da tentativa de homicídio contra o prefeito de Sertânia (Sertão do Moxotó), Ângelo Ferreira (PSB). O atentado expõe a escalada de violência política que permeia o cenário pernambucano. Atacado à luz do dia, em frente ao Banco do Brasil, o episódio levanta questões sobre a segurança de agentes públicos em tempos de tensão. Ângelo Ferreira, que já fora alvo de atentado, sobreviveu após ser esfaqueado e transferido para o Hospital Memorial Arcoverde, onde segue com quadro estável.
O impacto do ataque repercutiu rapidamente entre as lideranças políticas. João Campos, prefeito do Recife e aliado de Ferreira, exigiu que autoridades atuem com rigor contra a violência, sinalizando um descontentamento com a atual segurança pública.
A Frente Popular de Sertânia fez um apelo à paz, enquanto o presidente da Alepe, Álvaro Porto, clamou por uma investigação minuciosa, refletindo a preocupação em manter a ordem institucional.
A violência contra Ângelo Ferreira vai além de um crime isolado: reflete o clima de hostilidade e acirramento que ameaça a estabilidade política em tempos atuais. A resposta das autoridades e a reação da política serão decisivas para definir o rumo das campanhas eleitorais em um cenário onde o poder se disputa, agora, não só nas urnas, mas nas ruas.
Críticas diretas
Danilo Simões (PSD), candidato à Prefeitura de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú), criticou a gestão do prefeito Sandrinho Palmeira por suposto desperdício de recursos e falta de ação efetiva, apesar de arrecadações recordes. Ele questionou a alocação de verbas, acusando Sandrinho de ineficiência e sugerindo que a cidade precisa de renovação e de um foco em prioridades como saneamento e infraestrutura. Danilo defendeu ainda o uso do pátio da feira para eventos culturais e a melhoria na atenção básica de saúde, argumentando que a situação atual não reflete o potencial do município.
Impugnação à vista
O Ministério Público Eleitoral se manifestou contra o registro de candidatura de Albérico Rocha (PSB) à Prefeitura de Iguaracy, também no Sertão do Pajeú, devido a contas rejeitadas pelo TCU. A Federação PSDB/Cidadania argumenta que as irregularidades no Convênio 172/2008-Sesan configuram ato doloso de improbidade administrativa. O MPE apoiou a impugnação, apontando que as falhas identificadas são graves e comprometeriam a candidatura. A decisão final agora cabe à Justiça Eleitoral, com possibilidade de recurso ao TRE-PE em caso de indeferimento.
Mais um
O prefeito Joelson (Avante), de Calumbi (Sertão do Pajeú), afirmou não ter receio de que sua candidatura seja barrada pela Justiça, apesar do pedido de impugnação feito pelo ex-prefeito Dr. Cícero Simões (PT), que alega inelegibilidade devido a condenações judiciais por improbidade administrativa. Em sabatina na imprensa, Joelson rebateu as acusações, explicando que se referem a um atraso previdenciário, sem dolo ou prejuízo ao erário.