Coluna do Blog

por Carlos Britto // 27 de fevereiro de 2019 às 07:00

A hora do grito de Gabriel Menezes

O vereador Gabriel Menezes (PSL) tem exercido um mandato destacado na Casa Plinio Amorim, em Petrolina. Voz que se pronuncia, discurso contundente e oratória clara para os seus pares e comunidade.

O vereador já marcou gols importantes quando se colocou contra a reeleição e foi o primeiro a anunciar que não seria candidato à reeleição. Uma postura corajosa.

Mas é preciso mais. Gabriel já rompeu com Julio Lossio (PSD), com Dilma Rousseff (PT) e agora já dá os primeiros sinais de insatisfação com o Governo Bolsonaro, do seu partido, o PSL.

O problema é que já se repete um mantra na cidade que Gabriel só rompe quando sente que não terá mais vez ou perdeu espaço.

Teria rompido com o projeto do PT porque viu um caminho ao lado do novo presidente; com Lossio, quando se sentiu abandonado; e agora seria com Bolsonaro, pois não teria o protagonismo com a aproximação do senador Fernando Bezerra (MDB) do presidente.

Gabriel Menezes tem a chance de gritar agora contra o seu próprio partido e até contra o deputado federal, que votou e fez campanha, Luciano Bivar, que foi para o olho do furacão com o escândalo dos laranjas, que tem um braço mais forte em Pernambuco em uma operação coordenada por Bivar. Até agora, sobre o tema, o vereador se calou.

Aliás, o próprio Bivar escolheu dar mais dinheiro, estranhamente, a uma candidata sem chances e não apoiou um competitivo Gabriel, que só precisava de um empurrão a mais. Chegou a hora de Gabriel cobrar, gritar forte com sua voz poderosa e exigir explicações contundentes do seu presidente partidário, sem se preocupar se perderá espaço, protagonismo ou cargos dentro dessa estrutura.

Em Roma, a mulher de César não precisava apenas parecer virtuosa. Tinha que ser virtuosa.

Desespero

Foi falando em “desespero” que muitos consideraram a manobra do grupo governista ao supostamente impedir a formação de um bloco de oposição com seus vereadores na Câmara de Juazeiro. O grupo seria liderado pelo Professor Nilson (PSDB), acompanhado por Allan Jones (PTC), que não gostou nada de ser impedido de criar o bloco e acabou detonando a maioria dos colegas.

Barulho

Mas Allan Jones prometeu fazer barulho na Casa Aprígio Duarte Filho. Os que não foram para o lado do prefeito, Bené Marques (PSDB) e Domingão da Aliança (PRTB), são a esperança de Jones para continuar mostrando o outro lado de Juazeiro na Câmara Municipal. Se eles terão força, isso já é outra história.

Sem ineditismo

O líder da oposição na Casa Plínio Amorim assegurou à imprensa, ontem (26), que nunca indicou ninguém para trabalhar no Programa Nova Semente na gestão passada, do seu aliado Julio Lossio (PSD). Valgueiro pode até não ter indicado, mas isso não significa que não existiam indicações políticas para o programa. A mesma prática que hoje a oposição denuncia do atual governo.

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