Bodocó: Quando a burocracia vira tragédia

Em abril do ano passado a cidade de Bodocó (PE), no Sertão do Araripe, foi atingida por chuvas intensas que deixaram muitos prejuízos à população. Um desses transtornos foi a ponte do Rio Pequi, na PE-545, que não resistiu à força do temporal e acabou destruída.

Um ano e dois meses depois, a burocracia administrativa em que se transformou a recuperação da ponte, de responsabilidade do governo estadual, vai deixando vítimas. E não seria difícil imaginar que isso poderia ocorrer.

Ainda em abril de 2018, o primeiro acidente aconteceu: um jovem de 18 anos perdeu o controle da moto ao colidir com a barreira de interdição da ponte. Segundo populares que estavam no local, o rapaz estava alcoolizado e não usava o capacete. No dia de ontem (27), a tragédia se completou, quando um caminhão-baú caiu no Rio Pequi, deixando dois mortos. O veículo estava carregado de carne e tinha o Estado do Ceará como destino.

Em suas redes sociais, o prefeito de Bodocó, Túlio Alves, lamentou profundamente o ocorrido. Ele disse já ter solicitado do governo do Estado a adoção de medidas urgentes para mudar esse cenário, mas até o momento nenhuma medida teria sido tomada. Indignado, Túlio diz que a obra “está desacreditada”.

O Governo Paulo Câmara se defende ao alegar que o trecho destruído da ponte estava sinalizado, inclusive há um aterro implantado para impedir o fluxo dos veículos, além do trecho contar com um desvio. Quando a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, esteve em Petrolina há pouco mais de duas semanas, ela assegurou a este Blog que a licitação para construir uma  nova ponte era uma das prioridades.

O Governo de Pernambuco lançou essa licitação. Inclusive o edital para contratação da empresa responsável pela obra, orçada em quase R$ 2,1 milhões, já foi publicado no Diário Oficial do Estado. Segundo o governo, a expectativa é que a obra seja entregue até o final de outubro deste ano. Mas a burocracia, infelizmente, já se transformou em tragédia. Agora é torcer para que até lá, nenhum cidadão vire mais uma estatística.

Impasse

Juazeiro vive mais um impasse envolvendo trabalhadores da limpeza pública. Desta vez, os profissionais da varrição de ruas paralisaram e dizem que só retornarão ao trabalho quando receberem o pagamento do mês de maio. A prefeitura diz que não deve à empresa terceiriza MA2 e que vai notificá-la. A empresa não se manifesta sobre o assunto e os trabalhadores seguem de bolsos vazios. Um absurdo.

Críticas

Na internet, após a divulgação de mais uma paralisação dos trabalhadores da limpeza em Juazeiro, sobraram críticas dos internautas, tanto contra a prefeitura como também à empresa terceirizada.

SAC em Jaguarari

O deputado Roberto Carlos (PDT), vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, quer destravar o projeto de implantação do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) em Jaguarari, no norte do Estado. A implantação do SAC em Jaguarari atende a um anseio antigo da comunidade, que necessita dos serviços, na cidade, sem precisar ter que recorrer a outros municípios. Em Jaguarari, Roberto Carlos tem o apoio do vereador Louri da Barrinha.