A Transnordestina (parada) nossa de cada dia
Ao longo dos 13 anos de sua atrasada obra, que já consumiu mais de R$ 6 bilhões, a Ferrovia Transnordestina passou de símbolo da promessa de um Nordeste e de um Brasil que não parariam de crescer para um catálogo de retratos de abandono, tanto onde a linha está pronta, mas sem operar comercialmente, como nos canteiros de obra deixados para trás quando o dinheiro parou de entrar.
O futuro da ferrovia, que era um dos principais projetos de infraestrutura do país, com mais de 1,7 mil quilômetros de traçado, segue incerto.
No último discurso antes do recesso, o deputado federal Augusto Coutinho chamou atenção para a necessidade de se retomar o debate sobre a Transnordestina. “Esta obra está novamente paralisada. Não se pode negar que o governo federal tem empregado esforços para sua retomada, mas quero registrar o quanto é importante que esse assunto seja tratado com prioridade e dada a celeridade necessária para sua retomada”, disse em plenário.
Coutinho foi relator da Comissão Especial da Construção da Ferrovia Transnordestina que, no final de 2018, apresentou um relatório de averiguação in loco com histórico e impactos da obra. Este documento foi entregue à equipe de transição do governo Bolsonaro.
A previsão inicial, quando na sua inclusão da obra no PAC em 2007, era de que o custo do empreendimento fosse de R$ 4,5 bilhões. Mas, contrariando as previsões, em 2014 o projeto continuava no PAC 2 e seu custo já superava os R$ 7,5 bilhões, sendo a previsão de conclusão estendida para 2016.
“Hoje, a obra está paralisada, lamentavelmente. Foram muitos recursos investidos. Temos 52% da obra executada, mas ela está paralisada. A empresa parou, não pagou os seus fornecedores e muitos comerciantes que montaram seus negócios em volta da Transnordestina tiveram prejuízos e estão arcando até agora com isso”, completou Coutinho.
Mergulhado em silêncio
Enquanto o vereador cassado Domingos de Cristália (PSL) prossegue buzinando na imprensa que sua condenação pelo TRE-PE foi uma absoluta injustiça e fruto de perseguição política, Alvorlande Cruz (PSL), que assumiu sua vaga na Casa Plinio Amorim não dá uma só palavra sobre o assunto. Mergulhou no silêncio.
Debate analisado
Vice-presidente do PDT na Bahia, o deputado estadual Roberto Carlos fez uma avaliação para lá de positiva sobre a palestra do ex-presidenciável Ciro Gomes, ontem (17), em Salvador. “Precisamos avançar esse debate, alertando sobre os fatores que ocasionam o atraso no desenvolvimento do Brasil. O nosso trabalho vai continuar”, disse.
Mais audiências
Depois do então deputado Odacy Amorim (PT), chegou a vez de sua esposa, a deputada estadual Dulcicleide Amorim (PT), tomar a frente do debate sobre o aumento no preço dos combustíveis de Petrolina e das passagens aéreas. Ela promete realizar novas audiências públicas sobre esses assuntos.
É daí que saiu o dinheiro pra bancar luxos da esquerda maldita e pagamentos de advogados. Herança que o mito tem de bancar