Um bebê que nasceu com malformação no tórax e no abdômen e um problema cardíaco está internado desde que nasceu, há 17 dias, na Maternidade de Juazeiro (BA) a espera de uma cirurgia. Desde o dia 24 de março, a família busca a transferência do bebê, já que a maternidade de Juazeiro não realiza a operação que ele precisa.
“Eu entrei em desespero porque eu não sabia o que era esse problema dele. Ele tem malformação no coração, o intestino também tem problema e ele tem uma hérnia no umbigo“, relatou Alane Possidio da Silva, mãe do pequeno João Silva.
A preocupação de Alane é que o bebê precisa ser transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal para fazer uma cirurgia de alta complexidade, mas ainda não há previsão de quando o procedimento será realizado. O hospital já fez o pedido de transferência para a central de regulação do Estado, mas até agora não teve uma resposta positiva, mesmo diante do estado de saúde grave do bebê.
“É muito difícil esperar meu filho fazer essa cirurgia, e nada de ninguém resolver“, lamentou.
Resposta
Por meio de nota, a central de regulação de leitos do Estado que disse que todos os dias solicita vaga nos hospitais Santa Isabel, Martagão Gesteira e Ana Nery, em Salvador, mas que dois fatores estão interferindo na autorização: o número limitado de leitos de cirurgia cardíaca pediátrica em todo país, e um tratamento que o recém-nascido está fazendo com antibióticos, por causa de uma infecção.
A central esclareceu que a cirurgia só pode ser feita quando o paciente estiver sem nenhuma infecção. A central disse ainda que está esperando o surgimento de leito também em hospitais do Recife (PE).
No pedido médico para que seja feita a transferência de João, dá para perceber a gravidade do caso: “o bebê deve ser levado em uma UTI aérea e um médico precisa acompanhar o recém-nascido”.
Desesperada, Alane disse que o bebê já teve infecção no hospital e, a cada dia, o medo dele não resistir só aumenta. “Tenho medo de perder ele. Qual a mãe que quer perder seu filho? A mãe quer lutar até o final“, disse Alane. (Fonte: G1-BA)