A situação dos empresários da Avenida Honorato Viana, em Petrolina, se agrava com o andamento lento e problemático das obras de duplicação da BR-407. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) convocou uma reunião com os comerciantes para esta quinta-feira (7), às 19h, com o objetivo de discutir soluções emergenciais para os transtornos que vêm impactando o comércio local. Além da queda no faturamento, as empresas já enfrentam a necessidade de demissões, com estabelecimentos relatando redução de até 70% de suas equipes.
O projeto de duplicação, estimado em R$ 116 milhões e executado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), inclui a ampliação da via, construção de viadutos e requalificação de rotatórias. Contudo, as obras, ao invés de facilitarem o acesso e estimularem o desenvolvimento econômico, têm tido o efeito oposto.
Empresários locais relatam severas dificuldades de acesso às lojas. Um comerciante, ao conversar com o Blog, descreveu o problema: “Estamos com muito problema de acesso. Os clientes não conseguem chegar às nossas lojas. Precisamos que o projeto seja revisto, porque ele é péssimo para os comerciantes da região. Vai ficar igual à Avenida Sete de Setembro, que está horrível e cheia de reclamações. Empresas estão fechando porque o acesso é prejudicado”.
O principal ponto de reclamação é a instalação de uma barreira de concreto ao longo da avenida, que a transforma em uma via de mão única, limitando a circulação de clientes e veículos. “Aquilo prejudica muito a gente. Precisamos que o DNIT seja sensível e ouça nossa opinião, pois o projeto ainda está em execução e poderia ser ajustado”, reivindica o comerciante. A obra, que se arrasta há quase dois anos, segue paralisada em alguns trechos, gerando frustração e insegurança entre os empresários, que pedem maior celeridade e transparência nas intervenções. Em resposta às queixas, o DNIT solicitou paciência à população, alegando que ajustes técnicos, como a relocação de tubulações da Compesa, são necessários para garantir segurança e mobilidade à região.