A comissão de produtores do perímetro irrigado do Salitre, em Juazeiro, promoverá uma grande reunião na próxima segunda-feira (22), às 18h30, na Câmara de Vereadores.
De acordo com o representante da comissão, Natanael Torres (foto),um dos pontos cruciais do encontro diz respeito a 186 agroempreendedores que ainda não conseguiram as escrituras dos seus lotes.
Apenas 69 deles estão devidamente regularizados, em dois anos e meio de inaugurado o perímetro pelo governo federal. “Já procuramos a Codevasf em Juazeiro e fomos informados que somente com um decreto da presidente Dilma para regularizar a nova Lei de Irrigação é que poderíamos conseguir as escrituras. Então, o momento é de nos mobilizarmos”, declarou Natanael, explicando que sem as escrituras fica difícil, por exemplo, o acesso a créditos financeiros.
Os produtores também questionam a infraestrutura do perímetro, que tem solo argiloso e já passando por processo de salinização em alguns trechos. “O Salitre tem um potencial imenso para geração de emprego e renda, e não podemos deixar que entre em decadência antes mesmo de entrar em operação total”, ponderou. O último ponto da pauta refere-se à água utilizada pelos colonos, que passará a ser cobrada, apesar de a maioria não ter as escrituras.
Absurdo total. Eu sou umas das vítimas deste processo de descaso do Projeto Salitre. Há mais de 02 anos que 48 escrituras estão no Cartório para confecção, inclusive a minha. Sou natural de Juazeiro e exercia minha profissão na região da Chapada Diamantina como autônomo. “Com a chegada” do Projeto Salitre, pensei: OPORTUNIDADE DE VOLTAR PARA CASA. Até brincava dizendo: ”DE VOLTA PARA MINHA CASA”. Na Chapada Diamantina optei por não assinar novos contratos e não renovar os que já estavam em andamento confiante no financiamento bancário para estruturar o lote, mas sem a escritura em mãos nada feito. O resultado foi mais um pai de família ficar desempregado e sem recursos financeiros para estruturar o lote de forma satisfatória.
Sem condições, estou estruturando o lote com recursos próprios, não tem outra forma, é tirando de casa para botar no lote, interessante não é. “É sabido que agricultura é uma “loteria”, ganha hoje, perde amanhã”. Sem recursos financeiros institucionais não teremos condições de estruturar o lote que dê suporte para arcar os débitos que viram, inclusive de água. “PAGAMENTO DE TARIFA DE ÁGUA SÓ COM ESCRITURA EM MÃOS”.
surdo total