Cobranças à Secretaria de Defesa Social (SDS) sobre a elucidação de crimes ocorridos em Pernambuco pautaram a reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nessa quarta (26). O deputado Fabrizio Ferraz (SD) apontou delitos que aconteceram em 2024 que permanecem sem resposta.
Ferraz pediu que o tema seja prioridade dentro da Comissão e demandou aos membros encontros com a SDS para debater o assunto. “Queria pedir que a Comissão de Segurança Pública entrasse junto conosco nessa discussão, nessas tratativas para que a gente possa trazer elucidação a esses fatos”, formalizou.
Entre os casos citados pelo parlamentar está o assassinato de Walmir Calaça, conhecido como ‘Chapada’, morto a tiros em novembro do ano passado, em Floresta (Sertão de Itaparica). Ferraz lembrou que solicitou à SDS o envio de um delegado especial para apurar o fato, mas não foi atendido.
O parlamentar exigiu também providências sobre o caso que ocorreu em Pesqueira (Agreste Central), onde um mototaxista foi sequestrado e torturado. A vítima foi José Evandro Rodrigues, conhecido na cidade como ‘Uara Fofinho’, que chegou a ser candidato a vereador em 2024. De acordo com Ferraz, os moradores do município vivem com medo de sair de casa após o crime.
Encaminhamentos
O presidente da Comissão, deputado Joel da Harpa (PL), acatou o pedido de Ferraz e sugeriu uma audiência pública para tratar do tema. Para ele, muitas famílias ainda vivem com a sensação de injustiça e insegurança e estão decepcionadas com o trabalho dos órgãos de segurança. “A gente precisa, através dessa Comissão, cobrar da Secretaria de Defesa Social e órgãos de segurança um esforço maior, um incentivo maior, principalmente com novas tecnologias para a Polícia Científica e a Polícia Civil de um modo geral”, frisou.
Ainda durante o encontro, o colegiado aprovou sete Projetos de Lei, dentre eles, um de autoria da deputada Rosa Amorim (PT), que estabelece diretrizes para a capacitação de profissionais da segurança pública em relação à violência virtual contra a mulher, em Pernambuco.
De acordo com a parlamentar, a iniciativa visa a garantir que esses profissionais estejam preparados para investigar denúncias, proteger as vítimas e promover a punição dos agressores em casos como cyberbullying, assédio e difamação contra as mulheres em ambientes virtuais.