A comunitária Mariza Novaes é mais uma a reclamar da barulheira que tomou conta de Petrolina, em especial do bairro Areia Branca, onde reside.
Ela lamenta o exagero dos carros de som patrocinados pelas campanhas dos candidatos, mas também critica o barulho dentro do transporte coletivo, e pede providências das autoridades. Confiram:
Já não basta o final de semana, os intermináveis dias de campanha política com seus carros em altos decibéis a gritar aos quatro cantos quem é seu candidato, quem é o melhor. Tudo bem, a democracia existe e se está no direito, temos que aceitar.
Agora, fora de horário é irritante, como é também viver em plena Areia Branca. Aqui se transformou em palco para tudo que é evento: do sacro ao profano.
Nos finais de semana é impossível o descanso, e agora nos deparamos com mais um problema sonoro a nos irritar, aumentar o estresse que a vida moderna nos proporciona. É o som de celulares, iphones, ipods e outros, que sem respeitar o direito do outro, deixam em toda altura dentro dos transportes, seja o ônibus ou principalmente as vans que fazem o trajeto dos projetos. Já não basta o motorista ligar o som em toda altura. Os passageiros também querem mostrar a “potência” de seus aparelhos eletrônicos e somos obrigados a ouvir as piores canções possíveis, de todos os gêneros e de letras de gosto duvidoso.
Reclamar não basta, pois o motorista é a favor do passageiro incomodador, e não do incomodado, porque não quer perder passageiro e nem se indispor. Então o que fazer? Ficamos à mercê da vontade, que nunca fazem, de desligar ou baixar o som, pois usar o fone de ouvido jamais, se meu intuito é propagar o meu mau gosto, a minha breguice, a minha ignorância e a minha vivência, se eu quero deixar bem claro, “é disso aqui que eu gosto, que eu “curto”.
Basta esperar e clamar aos novos vereadores, ou aos que aqui estão, criar uma lei municipal que impeça estas arbitrariedades. Ou se já existe, e eu desconheço, que se faça valer, que fiscalizem, pois como usuária destes dois meios, sinto-me desrespeitada no meu direito de permanecer no silêncio.
Mariza Novaes/Comunitária