O número de tentativas de homicídio em conflitos rurais nas Regiões Norte e Nordeste subiu entre 2011 e 2012, segundo estimativa divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Só nos estados do Norte, a quantidade mais do que quintuplicou: passou de 10 casos, em 2011, para 59 em 2012, crescimento de 490%. O Nordeste teve um aumento menor, de 60% – foram 10 tentativas de homicídio por conflitos agrários em 2011, contra 16 em 2012.
Ativistas e integrantes destes grupos tradicionais passaram a ser alvos em conflitos devido à pressão exercida pela expansão do agronegócio, pelo aumento da exploração de minérios e pelos efeitos de grandes obras de infraestrutura, como a construção de ferrovias e hidrelétricas.
O estado com maior número de confrontos foi o Maranhão, com 157 ocorridos neste ano. Na sequência vem o Pará (78), Pernambuco (67) e Bahia (63). Além da constante da violência no campo, as eleições municipais realizadas no ano passado não podem ser desconsideradas para explicar o excesso de enfrentamentos, pondera o advogado da CPT. “Interesses se chocam nos pequenos municípios e os conflitos rurais aumentam“, diz ele.(Fonte: G1-PE)
Preocupante, é necessário vigilância para estabelecer a ordem, disciplina e paz no território de Pernambuco. Conflitos agrários não se resolvem com pressão e sacanagens. Do outro lado as políticas públicas devem interagir e integrar soluções para evitar a concentração exagerada de riquezas e não ficar no discurso e nas aparências. O que se vê a grosso modo não é a luta simples pela terra, mas a luta pelo crédito, pelo aparato do instrumento institucional com vista as disputas eleitorais nos pequenos municípios, tanto para os grandes produtores como para os pequenos, incluindo índios etc.