A Escola Madre Tereza de Saldanha, localizada no bairro Vila Débora, em Petrolina, está no centro de uma polêmica envolvendo a possível rescisão de seu contrato com a Prefeitura. A unidade filantrópica, administrada pelas irmãs dominicanas de Santa Catarina de Sena, enfrenta um impasse com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes (SEDUCE), que propôs a municipalização da escola ou a renovação do convênio como alternativa para garantir a continuidade do atendimento educacional. No entanto, o futuro da instituição permanece indefinido, já que a congregação rejeitou ambas as propostas apresentadas. De acordo com a pasta, o contrato atual limita a capacidade da prefeitura de realizar investimentos necessários para a manutenção e a melhoria da infraestrutura da escola. Mesmo oferecendo materiais, equipamentos, profissionais e mobília, a Secretaria afirma que, sem um novo convênio ou a municipalização, não há base legal para que o município faça aportes mais amplos, como reformas estruturais e suporte administrativo adequado.

Nos últimos meses, diversas reuniões entre a prefeitura e a congregação religiosa ocorreram para tentar solucionar a questão. O objetivo da gestão municipal é garantir que a escola continue operando com os recursos necessários, seja por meio da municipalização ou de um novo convênio. Apesar da resistência da congregação, o contrato ainda não foi rescindido, e a SEDUCE reitera que está aberta ao diálogo e disposta a negociar uma solução que assegure a educação dos alunos. Como medida alternativa, caso não haja acordo, a Secretaria garantiu que todos os alunos da Escola Madre Tereza de Saldanha terão suas vagas asseguradas no CMEI Professora Evany de Carvalho, uma unidade localizada próxima à escola. A intenção é garantir que as crianças continuem seus estudos sem prejuízo.

A possível rescisão do contrato gerou preocupação entre os pais e responsáveis dos alunos. Muitos destacam a importância da Escola Madre Tereza de Saldanha para a comunidade do bairro Vila Débora, considerando a instituição um ponto de apoio educacional e social para diversas famílias. A ideia de municipalização, porém, foi motivo de divergência entre a congregação religiosa e o município, o que acabou travando as negociações.

Patrícia, mãe de um dos alunos, expressou sua apreensão: “Essa escola é muito importante para a comunidade. O futuro das nossas crianças está em jogo, e esperamos que a prefeitura e as irmãs possam encontrar uma solução que mantenha a escola funcionando”.  Enquanto as negociações continuam, a SEDUCE garante que está comprometida em buscar uma solução viável e que mantém sua disposição para retomar o diálogo com as irmãs dominicanas, seja pela municipalização ou pelo estabelecimento de um novo convênio, a fim de evitar o fechamento da escola e manter o acesso à educação para as crianças da região.