Uma coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Petrolina, que pede anonimato – disse que os coordenadores estariam assumindo o lugar de professores que estão de atestado médico, ficando em duas funções.
Segundo ela, o coordenador deixa seus compromissos atrasarem para dar aula, não recebendo nada por isso. Ela ainda diz que o compromisso de garantir os 200 dias letivos é do município, não somente do professor.
Em nota, a Secretaria de Educação disse que essa é uma situação pontual e que deve ser resolvia no final deste mês. “Visando a garantir os 200 dias letivos, a Secretaria de Educação realizou no mês de janeiro o concurso público, que terá seu resultado homologado no fim deste mês. A secretaria informa que esta é uma situação pontual e que será resolvida assim que os professores concursados forem nomeados”, reforçou a pasta.
Além de não ser pontual, uma vez que já vem sendo praticado a muito tempo, tal comportamento não se justifica, tendo em vista que dentro do sistema educação, cada servidor tem a sua atribuição, dela devendo se ocupar. Na verdade, estamos diante da prática de abuso de poder por parte da senhora secretária de educação. Quanto ao servidor, não é obrigado a cumprir determinações alheias a sua área de atribuição. É bom lembrar que a Constituição Federal se encontra em plena vigência, de modo que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Sendo assim, e assim é, que a Secretaria de Educação apresente o texto de lei que a autoriza a imposição de tal medida aos servidores. No mais, deixem de inventar, de quererem agradar ao prefeito e se manterem no cargo com quebra galhos e paliativos, às custas de servidores que não têm o dever de resolverem os problemas gravosos na educação, sendo um deles a falta de professores a contento.
Compromisso é com estudantes. Bom ir pra salas de aula, pra não esquecerem que são professores e não coordenadores. Devia ser política educacional.