Copom decide manter taxa básica de juros em 7,25% ao ano

por Carlos Britto // 17 de janeiro de 2013 às 09:00

dinheiroApesar de admitir que houve piora no “balanço de risco para a inflação” no curto prazo, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 7,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada nesta quarta-feira. Ao justificar a decisão, o BC afirmou que a recuperação da atividade doméstica é menos intensa do que o esperado e que o ambiente internacional continua “complexo”.

A instituição repetiu o discurso de que “estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta” continua sendo a manutenção dos juros nesse nível “por um período de tempo suficientemente prolongado”. A taxa básica está nesse patamar, o menor da história recente, desde outubro de 2012.

Ao falar da “convergência da inflação para a meta” de 4,5%, o BC retirou do comunicado uma expressão que havia sido utilizada nas reuniões do Copom de outubro e novembro, de que a queda do índice de preços se daria “de forma não linear“, ou seja, com momentos de alta e de baixa. Agora, disse apenas que sua estratégia visa garantir o recuo da inflação.

A decisão desta quarta foi unânime e já era esperada por praticamente todo o mercado financeiro. A expectativa agora fica por conta da ata da reunião, documento que será divulgado na quinta-feira da próxima semana e que trará mais detalhes da avaliação que o BC faz sobre a economia neste momento. O Copom volta a se reunir nos dias 5 e 6 de março, poucos dias depois da divulgação dos números do Produto Interno Bruto (PIB) para o último trimestre de 2012.

Projeções

Na avaliação de vários economistas, o BC terá de administrar os juros em um cenário de inflação em patamares elevados, mas com baixo risco de estourar o limite da meta e previsões de crescimento abaixo do esperado pelo governo. Hoje, as projeções mostram expansão em torno de 1% para 2012 e pouco acima de 3% na média do período 2013-2015. O espaço para estimular a economia por meio de mudanças nos juros, no entanto, continua limitado. O próprio BC calcula que a inflação deverá ficar acima do centro da meta neste e no próximo ano. (Fonte: Agência Estado/foto reprodução)

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