CPI do MEC ficará para depois da eleição, diz presidente do Senado

por Carlos Britto // 05 de julho de 2022 às 15:00

(Foto: Reprodução)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (5) que vai ler no plenário os requerimentos das CPIs que já têm as assinaturas necessárias, entre elas a CPI do MEC. A leitura é uma das etapas da criação das comissões. Mas, segundo ele, líderes partidários querem que as CPIs comecem a funcionar só depois das eleições.

A estratégia da base governistas é retardar as indicações e, assim, evitar que a CPI do MEC, destinada a investigar corrupção na pasta, funcione durante a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Para isso, a base vinha defendendo a leitura do requerimento de CPIs de interesse dos governistas. Uma delas busca investigar o crime organizado e o narcotráfico. Outra pretende apurar eventuais irregularidades em obras inacabadas de governos anteriores.

A ideia de adiar o início da comissão de inquérito para depois das eleições causou descontentamento na oposição. Autor do pedido de criação da CPI do MEC, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que se retirou da reunião com os senadores e Pacheco. Segundo ele, no encontro estavam querendo “acertar juízo de conveniência e oportunidade” para a instalação da comissão de inquérito.

Veja as CPIs que estão na fila:

  • CPI do MEC: apresentada pela oposição. Busca investigar corrupção no ministério. Aguarda leitura no plenário.
  • CPI do Narcotráfico e Crime Organizado: defendida pelos governistas. Busca investigar o crime e o tráfico. Aguarda leitura no plenário
  • CPI das Obras Inacabadas: defendida pelos governistas. Quer investigar obras atrasadas de governos anteriores. Também aguarda leitura.
  • Além das três CPIs que aguardam a leitura, há outras duas que já foram oficializadas em plenário, mas que ainda não foram instaladas. Ambas são destinadas a apurar o desmatamento na Amazônia. A leitura do requerimento de criação dessas CPIs aconteceu em novembro de 2019, mas as comissões não tiveram início porque os senadores até hoje não indicaram membros para compor o colegiado. (Fonte: g1)

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