Cresce a prática do trabalho escravo na Bahia

por Carlos Britto // 03 de agosto de 2009 às 08:47

trabalho-escravoAumenta de forma preocupante a prática do trabalho escravo na Bahia. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, 294 trabalhadores foram libertados em fazendas da região Oeste e carvoarias nos últimos dois anos.

A Campanha de Erradicação do Trabalho Escravo realizada recentemente em Salvador apontou como uma das suas principais preocupações a crescente retomada da migração para os pólos do agronegócio, tornando os trabalhadores vulneráveis para diversos tipos de exploração.

A Campanha de Erradicação do Trabalho Escravo e Degradante da Bahia é composta por várias entidades da sociedade civil. Um fato bastante significativo, constatados pelas entidades, é que todas são unânimes quanto os altos índices de migração, principalmente em direção ao Oeste baiano e a região de Juazeiro (BA), onde esta havendo o aquecimento da fruticultura.

As entidades elaboraram diversos dados de encaminhamentos como: a realização de audiências com os órgãos públicos, tanto os fiscalizadores, como os responsáveis em promover as políticas públicas de enfrentamento do trabalho escravo e degradante; a promoção de oficinas para elaboração de denúncias; a realização de seminários e programas de rádio para divulgação e informação da sociedade; e a aplicação de um diagnóstico sobre a migração no estado.

Cresce a prática do trabalho escravo na Bahia

  1. Alexandre Cardoso Garcia Leite disse:

    Carlos Britto, há mais de dois milênios a filosofia estóica, predeceçora da ciência do Direito em Roma, que por sua vez, é predecessor do Direito latino e consequentemente, brasileiro, prega como fundamento do direito autêntico; uma sociedade de todos os homens; unidas pelo princípio da fraternidade universal, mesmo antes de Jesus, mas difundida, principalmente, a partir do cristianismo, não deveria haver diferença, pelo menos, em dignidade entre pessoas humanas. Contudo, somente depois da segunda guerra mundial, esse direito universal foi declarado com maior ênfase pela ONU. Como é que, em pleno século XXI temos seres humanos ainda sendo escravizados? Minha pergunta é dupla: como é que o Estado brasileiro de Direito permite tal aberração e como é que esses homens permitem-se ser escravizados? Gostaria, que você apontasse-nos uma fonte com maiores informações sobre esse gravíssimo problema de violação dos direitos fundamentais da pessoa humana.

  2. Petrolinense disse:

    Quando o assunto é Trabalho Escravo, este me reporta aos programas televisivos, onde mostravam pessoas mortas por excesso de trabalho braçal em grandes canaviais. Em nossa região há uma grande Usina de Cana de Açúcar, a Agrovale. Espero que esta não esteja agindo de forma tão desumana e cruel.

  3. David nomero De Macedo disse:

    É INCRIVEL ESSA CONCEPÇÃO DA ESCRAVIDÃO,QUEM MAIS RECLAMA BENEFICIA-SE DELA. UM BOM EXEMPLO É A AGRICULTURA, O COITADO SOFRE PARA PRODUZIR(SOL 40 GRAUS,CA DE PELE,ENVELHECIMENTO PRÉCOSE ETC,ETC) QUANDO VAI VENDER SEU COENTRO A 1 REAL( É UM PREÇO COSIDERADO ALTO) TODOS ACHAM TÁ PAGANDO UM ABSURDO, A MAIOR PARTE DOS CIDADÃO GASTA EM TORNO DE 20 A 30 REAIS EM UMA FEIRA LIVRE MAS NÃO PREOCUPA-SE EM DAR 30 REAIS PARA UM SHOU E NUCA VALORIZA AQUELE QUE PRODUZ O ALIMENTO PARA SUA PROPRIA SOBREVIVÊNCIA(SEM ALIMENTO NINGUEM VIVE) E É NA AGRICULTURA ONDE ESTA A PARTE MAIS SOFRIDA DA SOCIEDADE,PENSE NISSO(SEM FALAR EM PERDA DE SAFRA).

  4. David nomero De Macedo disse:

    TEM PESSOAS QUE É CONTRA A APOSENTADORIAS DA AGRICULTURA,POIS ELA NÃO CONTRIBUI PARA O INSS, MAS ELE ESQUECE QUE A AGRICULTURA LHE BENEFICIOU COM ALIMENTOS BARATO DURANTE SUA VIDA, POIS SE O ESTADO FOR FAZER O PROCESSO DE TRIBUTAÇÃO DO QUE O PEQUENO AGRICULTOR PRODUZ E SUA CONTRIBUIÇÕES PARA APOSENTADORIA A PRODUÇÃO CAI DRASTICAMENTE ELEVANDO PREÇO A PATAMARES ELEVADOS.POR ISSO QUE EM PAISES DESSENVOLVIDOS PAGA SE SUBSIDIOS.70% DOS ALIMENTO NO BRASIL VEM DO PEQUENO AGUICULTOR,O AGRONEGOCIO FICA COM O RESTANTE E TEM SUA INPORTACIA.

  5. Échelly Alencar Lins disse:

    A grande falta de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho permite a existência de trabalho escravo no Brasil, e eles alegam não saber das ocorrências, quando há uma denúncia eles agem de forma rápida e conseguem libertas as pessoas que estão em trabalho desumano, péssimas condições ambientais e uma remuneração insignificante em relação ao esforço despendido para exercer o trabalho.

    A falta de renda também proporciona pessoas a aceitarem propostas dessa espécie de trabalho, pois, já que não conseguem seu sustento, buscam essas mínimas condições de renda. Nosso estado deveria promover através de políticas públicas a inclusão social deles. Mas a nossa desigualdade social que é causada por omissão de nossos próprios representantes governamentais que pensam mais neles e no lucro que na prosperidade social brasileira.

    Ainda existem os trabalhadores que são enganados, estão a procura de emprego e chegam propostas belas de emprego em fazendas distantes de seu domicílio, vão em busca de realizar esse sonho, deixam suas famílias para de lá proporcionarem melhores condições de vida para eles. Ao invés de um bom emprego e com um salário digno eles são aprisionados e escravizados, ao invés de salário eles adquirem uma dívida ilícita com o próprio fazendeiro. E só são libertos após atuações da polícia ou dos agentes e fiscais do Ministério do Trabalho, porque se tentam fugir são mortos.

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