A vereadora Cristina Costa se disse surpresa com a nota de repúdio emitida ontem (28) pela secretária de Educação de Petrolina, Margareth Costa. A questão envolve os professores auxiliares de autistas, contratados temporariamente pelo município e que foram desligados da administração municipal, mas estão impossibilitados de receber o auxílio emergencial da União por ainda constarem no sistema da prefeitura. Na nota, Margareth lamenta o fato de que Cristina teria reclamado do setor de pessoal da prefeitura em passar informações sobre o desligamento dos profissionais, mesmo tendo recebido todos detalhes da secretária-executiva de gestão de pessoas da pasta, Maria Helena dos Santos.
Nesta quarta-feira (28) a vereadora explicou ao Programa Carlos Britto, na Rural FM, que em nenhum momento afirmou que a prefeitura acertou ou errou em relação ao assunto.
Cristina reforçou ainda que o encontro com a secretária-executiva Maria Helena dos Santos, também ontem, do qual foi acompanhado de duas representantes dos professores auxiliares de autistas, Jakeline Castro e Deilane Ribeiro, ocorreu de forma harmoniosa. “Na ocasião ela recebeu a cópia das listas com os nomes de todos os contratados e com as datas dos desligamentos dos profissionais e agradeceu a Maria Helena por prestar a devida atenção à causa desses profissionais.
A vereadora lembrou, no entanto, que tem áudios repassados via WhatsApp pelos quais a funcionária consultou o sistema e foi verificado que ocorreu um problema na atualização do desligamento dos professores auxiliares junto à Coordenação Geral de Cadastro, que é vinculada ao Ministério da Economia. Na reunião, Maria Helena ressalta que todas as informações referentes aos contratos e desligamentos dos professores auxiliares foram reenviadas à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, como também à Caixa Econômica Federal via e-mail. “Portanto, em nenhum momento quisemos fazer ‘tumulto’ ou ‘disseminar inverdades’, como consta na nota da senhora Margareth Pereira Costa”, disse Cristina.
Ela ainda revelou que que não houve qualquer conversa em relação ao grupo de 20 auxiliares de autistas, que tiveram os contratos encerrados durante o mês de abril deste ano. Essa informação jamais foi mencionada durante a reunião por qualquer das partes envolvidas, o que demonstra um desencontro no conteúdo da nota da secretária.
Ausente
Cristina aproveitou para criticar a postura de Margareth, uma vez que ela nem participou da reunião de ontem, nem nunca participou das reuniões promovidas pelo Conselho Municipal de Educação na Câmara de Vereadores, mesmo sendo convidada. “Das vezes que a gente precisa discutir problemas da educação, ela sempre envia alguém. Ela ocupa o cargo, mas é uma pessoa ausente”, alfinetou.
A vereadora também deixou claro que jamais levou à imprensa questões inverídicas e que não poderia “politizar” um assunto como esse. “O momento não é para divergências políticas, mas sim de união e empatia nesses tempos de pandemia e distanciamento social”. Ela disse ainda estar aberta ao diálogo, mas ressaltou que essa pendência dos professores auxiliares que ainda resta quem tem de resolver é a prefeitura.