Este sábado (18), último dia da 20ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri 2009) ainda reuniu muitas pessoas em minicursos e oportunidades de negócios. Muitos estudantes e produtores continuaram suas atividades para o encerramento do curso de Processamento Artesanal de Leite de Cabra e Derivados (curso de laticínios), que aconteceu no laboratório da UNEB, ministrado pelo zootecnista, Geraldo Magalhães.
O curso, que começou na sexta-feira (17), foi finalizado com aulas de receitas de doce de leite cremoso, licor e queijo de cabrita (receita própria do palestrante), além do prosseguimento da tecnologia artesanal do queijo de minas e de iogurte natural, iniciado no primeiro encontro da capacitação. “Os alunos saíram com ideias novas para o mercado e adotando esta tecnologia moderna, com certeza, o produto terá valor agregado e comercialização de qualidade”, argumentou Magalhães.
Muitas novidades foram apresentadas aos participantes durante as aulas. “No primeiro encontro mostramos tecnologias da pasteurização do leite, para a industrialização de queijo e iogurte mais saboroso. Na continuação das atividades, ensinei outras inovações para comercialização do doce de leite, que com o uso de bicarbonato de sódio a acidez é neutralizada, oferecendo um produto mais qualificado e gostoso”, acrescentou.
O estudante de Agronomia, Márcio Pires, disse que o curso vai render novos negócios para sua vida profissional. “Durante o curso conheci as boas práticas para fabricação de um produto de qualidade, livre de coliformes fecais e qualquer outra bactéria. Foi uma oportunidade também para poder agregar valor ao leite, que ainda é vendido a preço de “banana” (preço baixo). Eu preciso de nove litros de leite de cabra para fazer 1kg de queijo de minas. O litro de leite de cabra que compro atualmente a R$ 1,40, pode ser transformado em 1 kg de queijo de minas, com agregação de valor grande, onde poderei comercializar a R$ 25,00″, concluiu.
A estudante de Agronomia da Uneb, Floriza Farias, tem a mesma opinião. “Com todos os conhecimentos que adquiri muitas portas do mercado de trabalho serão abertas. Poderei atuar em minifábricas de produtos lácticos, na minha própria casa farei doces caseiros artesanais para vender e a partir de agora posso também ensinar outras pessoas. Tudo isso me renderá lucro e oportunidade de negócios”, relatou.
A farmacêutica bioquímica, Fabiana Albuquerque, chegou à mesma conclusão dos colegas. “Eu não sabia que o leite de cabra é tão bom para fazer doce em casa. O curso ainda me deu alternativas para agregar mais valor ao leite e poder ter um lucro maior. Fazendo o iogurte, por exemplo, compro 1L de leite de cabra a R$ 1,40 e com a industrialização artesanal vendo a R$ 6,00. Muito bom”, explicou entusiasmada.
Além de zootecnista, Rogério Magalhães é também chefe do Centro de Formação de Agricultores Familiares do Pólo do São Francisco (Centrecapri), localizado no distrito de Pilar, cidade de Jaguarari (BA). O Centrecapri ensina pessoas interessadas em comercializar laticínios.
