Em 2012 o Petrolina Social Futebol Clube (PSFC) ganhava projeção estadual ao ficar entre as quatro melhores equipes da Série A1 do Campeonato Pernambucano, depois de conquistar a A2, um ano antes. A Fera Sertaneja chegou, inclusive, a disputar a Série D do Brasileirão. Quem estava à frente da gestão do clube, nessa época, era Ronaldo Silva. Coincidência ou não, no mesmo período em que ele se afastou da presidência para tentar uma vaga na Casa Plínio Amorim, a Fera degringolou, chegando ao ponto de praticamente fechar as portas. Ascenção e queda num breve espaço de tempo.

Decidido a retomar o recente passado de glória do Petrolina, Ronaldo voltou à direção do clube. Primeiro, reuniu um grupo disposto a encarar a missão – embora nem todos tenham chegado até o fim. “Reunimos todos na posse (da diretoria). Mas depois, quando vão para a prática e veem que não é fácil, começam a pular do barco”, lembra Ronaldo, que faz questão de agradecer ao vice-presidente Robério Gomes e ao secretário Carlos Benevides, além de conselheiros do Petrolina que seguiram firme com ele.

Mesmo diante das dificuldades, Ronaldo e seus ‘soldados’ conquistaram o primeiro desafio, superando expectativas: de forma invicta, o Petrolina foi mais uma vez campeão da A2 (o atual presidente, inclusive, já é bicampeão). De quebra, garantiu o acesso à elite do Pernambucano em 2019. É a partir daí que o clube começa uma nova virada em sua história.

Já pensando num planejamento a médio e longo prazos, Ronaldo conta que chegou a hora da onça, ou melhor, da Fera Sertaneja beber água. A começar do orçamento, percebe-se logo de cara a mudança na realidade do clube. Do orçamento de R$ 400 mil gastos com o clube este ano, Ronaldo revelou que esse valor saltará para R$ 2,5 milhões.

Ousadia

Ciente de onde está pisando, o presidente da Fera afirma que o projeto é, de fato, ousado. “Queremos ser campeões do Pernambucano. Mas se não der, queremos chegar para, em 2020, participar da Copa do Brasil, da Copa do Nordeste e da Série D do Brasileirão, que é o primeiro passo para a Série C, B, e quem sabe a Série A”.

Ressaltando que pretende fazer uma reformulação na diretoria da Fera, o presidente disse a este Blog estar em busca de parceiros para a nova empreitada – “gente compromissada com futebol”, como destaca.

Um deles poderá ser o ex-jogador Donizete ‘Pantera’, que recentemente esteve na cidade com a seleção de másters. Reunindo um currículo de clubes como Botafogo, Vasco. Corinthians e Tigres (México), Pantera é cotado para assumir a diretoria de esportes da Fera. “As conversas estão bem adiantadas”, contou Ronaldo, acrescentando que estuda a possibilidade de uma parceria com o time mexicano (onde Pantera jogou) para o intercâmbio de garotos da base. “Por coincidência o mesmo símbolo do Tigres é o da Fera Sertaneja. Quando as coisas têm que dar certo, Deus coloca tudo no seu lugar”.

Após concluir os projetos específicos para cada patrocinador, o presidente informou que vai em busca de uma empresa de marketing esportivo, a qual será responsável por administrar os recursos e vender a marca ‘Fera Sertaneja’. “Vender o Petrolina é muito bom e muito fácil, principalmente porque o Pernambucano e uma das vitrines do Nordeste, tem todos os jogos televisionados e dá visibilidade às empresas que vão investir”, assegura.

Na Série A2 desse ano, o Petrolina contou com o apoio logístico da prefeitura. Mas dentro das metas do clube para a próxima temporada, Ronaldo sabe que a realidade é outra. Por isso está correndo atrás de uma possível parceria com as Lojas Havan. Ele também pensa numa mini-arena multiuso com capacidade para 15 mil pessoas, que seria a ‘casa’ da Fera.

Em relação à temporada 2019, o presidente informou estar finalizando primeiro a parte financeira, para só então pensar na equipe. Mas nomes não faltam de peso não faltam. “Tenho vários currículos, de jogadores e treinadores, inclusive Mauro Galvão, Narciso (do Santos). Tem muita gente querendo vir para Petrolina para disputar o Pernambucano contra Sport, Náutico e Santa Cruz. E precisamos de um treinador e pelos menos três ou quatro jogadores de renome, para atrair o empresariado”, finalizou.