Declarações de Miguel Coelho e Lucas Ramos mostram distanciamento político cada vez maior entre socialistas

por Carlos Britto // 13 de novembro de 2015 às 09:16

miguel e lucas

A audiência pública que tratou do novo formato de abastecimento d’água realizado pelo Governo de Pernambuco para as famílias sertanejas, ontem (12) em Petrolina, reuniu na Casa Plínio Amorim os deputados socialistas Miguel Coelho e Lucas Ramos. Embora juntos pela causa, o distanciamento político entre os dois é cada vez mais latente. Pelo menos é o que vai ficando claro nas declarações dadas pelos dois socialistas.

Lucas, por exemplo, disse estar sendo lembrado para disputar a Prefeitura de Petrolina em 2016 graças a sua atuação parlamentar, que inclui também o município, independente se o prefeito Julio Lossio (PMDB) é ou não seu aliado. E não descartou uma aproximação política com Lossio – adversário político do governador Paulo Câmara e do grupo socialista na cidade, liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Tenho um compromisso constitucional de servir os 184 municípios pernambucanos como deputado estadual, e tenho obrigação de trabalhar por Petrolina. Mas se essa parceria administrativa com o prefeito Julio Lossio puder se tornar uma parceria política para 2016, pode ter certeza que vamos trabalhar para estruturar nosso nome e disputar a prefeitura municipal”, avaliou.

Sobre a Agenda 40 do PSB, que já aconteceu por duas vezes na cidade, Lucas deixou claro que continuará sem participar dos encontros. “Entendo que isso faz parte de um projeto de um grupo político que não representa o tamanho do PSB em Petrolina”, disse, lembrando como se deu a escolha da nova comissão provisória do partido, que elegeu Miguel o novo presidente.

Orientação

Sem entrar em polêmicas, Miguel afirmou que respeita o posicionamento de Lucas, sobretudo em relação à comissão provisória, a qual poderia ter ficado maior se não fosse a desistência do colega em apresentar seu indicado.

O presidente do PSB local argumentou ainda que vem trabalhando pela união da legenda a pedido do próprio governador Paulo Câmara, e só vai se posicionar politicamente sobre o assunto no momento oportuno.

Eleição só se deve tratar a partir de abril, que é o novo prazo de filiação. Quando o governador se manifestar, nós vamos saber quem estava no caminho da união ou da segregação”, cutucou. Miguel afirmou que na sua missão de unir o PSB na cidade, vem contando com o apoio – além do pai Fernando Bezerra Coelho e do seu irmão Fernando Filho – com lideranças históricas dentro do PSB. “Se alguém quer liderar um processo político em Petrolina, que quer mudar o que hoje está aí, não pode ser com vontade própria nem querer ganhar no grito, mas com humildade e ouvindo as pessoas”, concluiu.

Declarações de Miguel Coelho e Lucas Ramos mostram distanciamento político cada vez maior entre socialistas

  1. Simplício disse:

    Lamento que a nova geração do PSB queira renovar e manter a característica discente de alas antigas, prejudicando o desenvovimento da musculatura política de Petrolina. Possivelmente, por isto o Deputado Odacy pensa dez vezes antes de aceitar convite para retornar a este partido. Afinal foi por conta de comportamento similar que ele foi alijado do processo natural na preferência partidária à candidatura para prefeito. Desde então, no cenário municipal, o PSB ficou desfocado, apesar do esforço despendido por uma ala do partido. A principal causa desta desarmonia se firma e se arraiga, cada vez mais, na vaidade exacerbada de alguns.

  2. Observador disse:

    Muito bem, simplício. E parece que há político, ainda bebê, mais carregado de vaidade e desprovido da necessária maturidade. O interessante é que a imaturidade, necessariamente, não tem nada a ver com a idade. Tanto é verdade que, neste imbróglio do PSB, existe idosos imaturos e jovens com postura amadurecida. Pra mim isto está muito claro.
    É somente observar bem e verá cada um deles. Você vai descobrir com relativa facilidade.

  3. Observador disse:

    Existem idosos….

  4. Simplício disse:

    Corrigindo: característica discidente de alas …

  5. Júlio César Izacolandia disse:

    Pela primeira vez, a sociedade civil, tem a honra de participar de um projeto politico social, fisico e cultural, trazendo opiniões sobre os problemas em todos os setores, e apresentando soluções para a construção de uma cidadania muito mais oportuna – a agenda 40, vem proporcionando a exposições das necessidades em detrimento de uma realidade vivida, na tentativa de flexibilizar ou amenizar os problemas ocasionados as pessoas. Seria bom que os partidos tivessem 10 MIGUEL, para promover debates produtivos e necessários como os da referida Agenda 40.

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