Favoráveis a uma bonificação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) para estudantes da região que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a professora Mary Ann Saraiva e o representante da União dos Estudantes do Sertão (UES), Igor Ferreira, saíram otimistas de um debate promovido na última quinta-feira (7), na Câmara de Vereadores de Petrolina.
Os alunos reivindicam do Conselho Universitário da Univasf um bônus de 20% em todos os cursos da instituição, como forma de disputarem o Enem no mesmo nível de igualdado dos estudantes de fora da região.
Segundo Mary Ann, o debate foi válido no sentido de levar a conhecimento dos vereadores e da sociedade a questão do bônus, que já é garantido por lei. “Basta apenas o Conselho ter a vontade de favorecer os filhos do Sertão. Muitas universidades já têm o bônus. E por que não a Univasf? ”, declarou Mary Ann, que espera a partir de agora uma maior articulação da Casa com a instituição no sentido de implantar o bônus.
Desde 2009,os estudantes sertanejos tentam garantir o bônus para quem vem de escolas públicas e privadas, uma vez que 50% das vagas nas universidades brasileiras – incluindo a Univasf – são destinadas a cotistas. Os vereadores Alvorlande Cruz (PRTB) e Dr.Pérsio Antunes (PMDB) endossaram a causa, o que para Igor Ferreira é um reforço a mais nessa luta. Segundo ele, a audiência da última quinta foi mais um passo nesse sentido.
Conselho
Ele ressalta que as 21.500 assinaturas levadas à reitoria da Univasf semana passada, apoiando a bonificação da Univasf, é a prova de que a população está do lado dos estudantes da região. Igor disse ainda que o reitor Julianeli Tolentino já se mostrou favorável à medida, mas justificou que não depende apenas dele. A decisão caberá aos 41 integrantes do Conselho, que é soberano dentro da Univasf (embora o voto do reitor seja decisivo em caso de empate). “O Conselho é soberano, mas a democracia é superior. Basta o Conselho ter essa sensibilidade para bonificar alunos de uma região inteira, e não só Petrolina e Juazeiro (BA)”, ponderou.
Estão fazendo isso para proteger filhinhos de papai da região que, ao invés de estudar, só querem saber de reggae. Depois, criarão uma geração de desinteressados e despreparados para colocar no mercado de trabalho. Assim, formaremos profissionais medíocres. Mas esses expedientes para facilitar só empurram a realidade com a barriga. Se o aluno não tiver base, ele não termina a faculdade e, se, por algum milagre terminar, a conta da falta de preparo chega no mercado de trabalho, onde aquele nerd otário que perdeu horas e horas estudando vai nadar de braçada enquanto que o malandro afunda. Mais uma prova de que o Brasil é um país cada vez mais feito para NÃO dar certo.
Não é assim que acontece, antes de ostentar tamanha bravura na internet, o senhor deveria pesquisar por outras instituições federais pelo Brasil, como no caso da UFPA, onde ouve um aumento gigantesco no ingresso de estudantes filhos da terra. No caso de essa medida escolher os “piores” alunos, segundo o senhor (no mínimo deve ter mestrado na área de educação pra falar isso), a mudança para uma educação melhor se constrói, entre outras coisas, com uma mudança no currículo atual. Pode ter certeza, inclusive pesquisas aponta isso, que uma diferença de 50~70 pontos num exame ao nível do ENEM não define o que um profissional será no futuro.
Já pesquisei em outras instituições federais “pelo Brasil” e essa prática só ocorre na UFPE, UFRN, UFPA, UNIFESSPA e UFOPA (ambas no Pará).
Não existe aluno pior ou melhor. Existem aqueles que estudam e os que não estudam. Aqueles que abrem mão de festas e da convivência com os amigos e aqueles que não querem abrir mão de nada. Já vi vários desses irem para festas na véspera do ENEM e depois reclamar que não foram bem nas provas. Não preciso de muito estudo para identificar isso ou perceber que, se um aluno ganha um bônus em sua nota, a tendência é que ele estude menos por acomodação. Basta um pouquinho de experiência. Ao contrário do que muitos pensam, alunos de escolas tradicionais aqui da região são tão bem preparados quanto quaisquer outros Brasil afora. Mas uma coisa eu tenho que concordar com você: O ENEM não define o que um profissional será no futuro. O que define é a dedicação e essa anda em falta.
Eu concordo! Que se melhore o ensino. Que se deixe de fazer de conta que vão para a escola, que finge aprender e que se finge que ensina. isso quando muito vão estudar, pois na maioria só se pensa em baladas, cachaçadas jogos no computador, celular. Os pais não cobram.
Aí depois querem cotas, bonificações para entrar na faculdade e continuar não querer nada. Francamente!
Vamos estudar moçada, que é o melhor que fazem.
Chega de paternalismo, de coitadíssimos, de fazer de conta. Estudar com afinco é o melhor caminho. Vencer pelos próprios méritos.
Uma palhaçada se isso for aprovado
Argumentos?
E o mais engraçado é a hipocrisia! Os estudantes de Petrolina não vão tomar conta das vagas dos estudantes de outras regiões?! E não acham bom ter aquela vaga em Recife, Salvador, João Pessoa…, Então!. Deixem essas vagas para os estudantes dessas regiões.
Não passam aqui, porque a maioria não estuda. Vejam que os que estudam realmente estão dentro da Univasf.
Ressaltando o que o Luis Fernando comentou… Concordo plenamente! Se a Univasf não quisesse que estudantes de outras regiões do país ingressassem na mesma, não teria aderido ao ENEM. Essa bonificação por uma lado seria bom para os que não tem acesso a uma educação de qualidade, mas por outro seria um erro, pois alguns que se dizem estudantes e não abrem mão de festas para se dedicar aos estudos não passam, por falta de disciplina. Vamos estudar minha gente! Todos nós temos o mesmo potencial, basta dedicação e força de vontade e não bônus!