O coordenador da Defesa Civil de Juazeiro (BA), Ramiro Cordeiro, recebeu ontem (31/03) o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Marcos Souza; a presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Salitre (CBHS), Suely Ârgolo; a representante do Coletivo Enxame, Erica Daiane; e a representante dos moradores do Bairro Angari, Daniela Ferreira, para dialogar sobre assuntos relacionados às cheias do Rio São Francisco, que atingem comunidades como o Angari, na área central do município.
Durante a reunião, foram debatidos vários temas relacionados às cheias do São Francisco, que deixam famílias ribeirinhas desabrigadas. Neste ano, a gestão Suzana Ramos inovou e abrigou as famílias do Angari em um prédio no bairro Cajueiro, onde ficaram em apartamentos separados. Em 2021, os desabrigados foram encaminhados a uma escola da rede municipal.
Uma comissão para dar o suporte necessário aos atingidos será criada entre a gestão municipal, Defesa Civil e entidades, que juntas vão elaborar um plano para que a retirada das famílias nas próximas cheias seja realizada com antecedência.
O coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens, Marcos Souza, avaliou como positiva a reunião. “Houve um grande avanço em relação à atuação do município junto à Defesa Civil e o nosso movimento, no processo da remoção e abrigo dos atingidos, com mais organização das famílias. Com essa reunião e outras que teremos com a gestão, iremos elaborar planos para que seja menos dramático para as famílias, todas as vezes que tiverem que deixar suas casas por conta das cheias“, pontuou Souza.
Trabalho em conjunto
Ramiro Cordeiro reforçou a atuação em conjunto com essas entidades. “O trabalho que realizamos de remoção e assistência às famílias atingidas pelas cheias seguirá de mãos dadas com o MAB e as outras entidades, sempre seguindo a orientação da gestão municipal, que é a de prestar toda assistência e oferecer conforto às famílias que tiverem de sair das suas casas por conta das cheias. Esse ano a prefeita Suzana Ramos foi enfática ao determinar que não queria que as famílias ficassem em escolas. Foi um desejo pessoal dela que as famílias ficassem em apartamentos separados e próximos a suas residências, garantindo conforto para todos. Então vamos seguir juntos para melhor atender essas famílias que sofrem sempre com esses transtornos“, destacou.