As contas da Previdência Social no Brasil fecharam setembro com um rombo de R$ 26,2 bilhões, representando uma alta de quase 20% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o déficit foi de R$ 21,9 bilhões. Os dados são do Ministério da Previdência Social. O aumento foi registrado mesmo após descontada a inflação do período. O déficit inclui aposentadorias, pensões e benefícios de trabalhadores do setor privado, que são os maiores responsáveis pelas despesas das contas federais.
No acumulado de 2024, até agosto, o rombo previdenciário já somava R$ 239,6 bilhões – aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. A meta do governo é manter o déficit dentro da margem permitida pelo arcabouço fiscal, que prevê até R$ 28,3 bilhões até o fim do ano.
Em resposta ao crescimento do déficit, o governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, está finalizando um pacote de medidas de corte de gastos. A proposta, que será apresentada ao Congresso, inclui revisões de despesas obrigatórias, limites para o crescimento de alguns gastos e mudanças em políticas públicas como o seguro-desemprego e o abono salarial.
A expectativa é de que as medidas ajudem a equilibrar as contas federais, garantindo sustentabilidade aos cofres públicos e respeitando o limite fiscal estabelecido para 2024. (Fonte: Infomoney)