O mototaxista José Dionízio, de 48 anos, assassinado na noite da última quarta-feira (13) no bairro São Gonçalo, zona oeste de Petrolina, pode ter reagido a um assalto, quando foi morto. Essa é a hipótese mais provável que vem sendo trabalhada pela Polícia Civil, que já começou a investigar o crime.
A morte do mototaxista elevou para 52 o número de homicídios na cidade somente este ano. José Dionízio, que trabalhava num ponto na Rodoviária, foi o segundo profissional da área a ser assassinado, o que levou a uma onda de protesto dos profissionais. Ainda ontem (14) eles se mobilizaram em frente à Delegacia da Polícia Civil (DPC) no bairro Ouro Preto, zona oeste, e no final da manhã chegaram a bloquear a Ponte Presidente Dutra, que liga as cidades de Petrolina e Juazeiro da Bahia, cobrando providências que garantam a segurança dos mototaxistas.
No calor da emoção, alguns deles disseram que não vão mais esperar pela iniciativa da Polícia Civil e vão agir “com as próprias mãos”. Procurada pela reportagem, a delegada da 26ª DPC, Sara Machado, evitou polemizar as declarações.
Ela disse não ter tomado conhecimento sobre os cometários dos mototaxistas, mas deixou claro que a polícia vem cumprindo seu papel. “O trabalho da polícia vem sendo feito. Infelizmente a gente não tem condições de agradar a todos. Mas todas as situações dentro das possibilidades de investigação, a gente tem dado resposta à sociedade. Inclusive temos um dos maiores índices de elucidação de crimes contra a vida no estado”, argumentou.
No caso do mototaxista assassinado na quarta, Sara informou que a polícia ainda está levantando informações sobre o suspeito, mas provavelmente o passageiro que foi transportado por José Dionizio, ao chegar no destino, deve ter anunciado o assalto e a vítima acabou reagindo, sendo atingida com um tiro de revólver.
Não é crítica não Drª delegada, mas eu gostaria muito de saber quantos crimes foram elucidados, entre os 52 casos de homicídios ocorridos em 2015 em Petrolina…