Denúncia aponta condições precárias e “gestão punitiva” na 76ª CIPM de Juazeiro

por Carlos Britto // 25 de junho de 2024 às 18:43

Sede da 76ª CIPM, em Juazeiro-BA. (Foto: Divulgação)

A situação na 76ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) em Juazeiro (BA) tem gerado preocupações entre os policiais e a comunidade local. Sob o comando atual há cerca de um ano, a unidade enfrenta sérios problemas que afetam tanto a operacionalidade quanto o bem-estar dos policiais.

De acordo com relato anônimo enviado ao Blog, desde armamento sucateado até uma estrutura física deteriorada, a 76ª CIPM viu sua eficiência operacional diminuir drasticamente. “Um dos principais é a escala de serviço, que opera com guarnições mínimas, muitas vezes com apenas dois policiais, em uma cidade conhecida pela violência. A falta de flexibilidade na organização das equipes e a proibição de mesclar guarnições em caso de necessidade comprometem a segurança dos agentes”, diz uma fonte.

“Além disso, cada guarnição precisa fazer carga de um celular funcional, que não foi adquirido com recursos do governo, e sim misteriosamente doados por um dono de posto de gasolina, posto esse que existe uma determinação para as viaturas abasteçam somente lá, não me pergunte o porquê. Cada funcional está cadastrado em um grupo de WhatsApp onde as guarnições precisam ficar compartilhando a localização em tempo real a todo instante, recebendo duras reprimendas se não fizerem ou se a viatura ficar parada em algum local por muito tempo”, segue a denúncia.

A gestão “rigorosa e punitiva” do comando, conforme a fonte, tem criado um ambiente de tensão, em que os policiais se sentem intimidados ao requerer simples demandas administrativas.

Exclusão

No ano passado, a 76ª CIPM de Juazeiro foi a única companhia excluída do Prêmio de Gestão de Qualidade da PMBA, evidenciando falhas na administração que têm levado vários policiais a solicitar transferência para outras unidades. Isso agrava a defasagem no efetivo, com alguns policiais desviados de suas funções de policiamento ostensivo para atuar como motoristas do comando, conduzindo veículos que, segundo a denúncia, desaparecem durante à noite ou nos finais de semana.

“A esperança é que o novo comandante do CPR-N traga sua equipe e dê um choque de gestão nas companhias de Juazeiro, senão será apenas trocar seis por meia dúzia”, finaliza o relato. A reportagem do Blog está tentando contato com a  76ª Companhia Independente da Polícia Militar para um posicionamento.

Denúncia aponta condições precárias e “gestão punitiva” na 76ª CIPM de Juazeiro

  1. FORA PTRALHAS! disse:

    Isso mesmo! Tem que denunciar! Acabou o tempo em que Oficial agia como se fosse “DONO DA POLÍCIA”, usando o “R-QUERO” para assediar moralmente os praças! Hoje, temos na Corporação muitos conhecedores dos seus direitos, diferente de meu tempo como Sargento na década de 90, onde a maioria dos Oficiais só entrava nas Viaturas para resolver coisas pessoais no horário do serviço! Inclusive, fazendo feira com as viaturas e imoralmente, usando a posição hierárquica para isso. O lema para eles era: “Oficial pode tudo e Praça tem que obedecer calado”. Mas os tempos são outros! Se abusar do poder, perde a farda ligeirinho!

  2. Silva disse:

    Eu creio que esse problema não seja somente em uma Companhia em Juazeiro, é mais amplo, porque divulgar somente uma Companhai? Há anos tem denúncia do Dep.Prisco. É na PM, na P.Civil, tem denúncias de assedio local, o número de detenções e apresentações a delegacia, pra ganhar folgas e prêmios. Segurança Pública, não se fa assim. Essa Companhia, o Comando ano é o culpado. Todos sabemos quem são os culpados ou vocês acham que 4%é aumento salarial, pra começar…

  3. Silva disse:

    Digo O Comando não é culpado, digitação errada….

  4. Silva disse:

    O Comando não é culpado, digitação errada….

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