Depois de meses em alta, custo da cesta básica apresenta leve baixa em março em Petrolina e Juazeiro

por Carlos Britto // 10 de abril de 2021 às 15:20

(Foto: Reprodução)

Após o preço da cesta básica aumentar significativamente em todo país nos últimos 7 meses, uma pesquisa realizada pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Petrolina (Facape) comparou o mês de março e fevereiro de 2021, e os resultados mostram que o custo da cesta básica obteve uma baixa de preços nas duas cidades, sendo -2,61% em Juazeiro e -3,08% em Petrolina. Ao observar os últimos 7 meses do ano, os alimentos na cidade de Juazeiro acumulam alta de 12,16%, em Petrolina o acumulado é de 19,54%.

Em Juazeiro, o valor da cesta básica fica em R$ 406,81; já em Petrolina, fica entre R$ 430,40. O coordenador da pesquisa, João Ricardo de Lima, ainda considera os preços elevados. “Nas duas cidades praticamente todos os itens que compõem o custo da cesta básica têm valores acumulados positivos, ou seja, apresentam aumento de preços nos últimos 7 meses, com destaque para carne, arroz, farinha, banana, óleo de soja, feijão, leite e açúcar”, declara o pesquisador.

Três produtos apresentaram as maiores reduções no mês de março, em ambas as cidades: tomate, banana e o óleo de soja. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) detectou o mesmo comportamento, no caso do tomate, em várias capitais. O motivo para a baixa é em virtude a pouca demanda. O caso da banana, semelhante ao tomate, sofre uma redução local e nacional devido à fraca demanda e aumento da oferta. Quanto ao óleo de soja, o preço estava muito elevado, sendo incompatível com a renda da população, ocasionando a redução de preço. Sobre o aumento de preços, o açúcar é o item que chama atenção devido à entressafra.

O coordenador João Ricardo ainda destaca um detalhe na diferença alta de preços nos itens, podendo ultrapassar os 200%. “Os consumidores precisam ficar atentos e pesquisar para poder economizar, já que vivemos um período muito difícil na economia e muitas pessoas tiveram redução parcial ou total e os preços dos alimentos cresceram muito“, finaliza.

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