A frase foi dita na manhã desta terça-feira (9), durante participação do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) no Programa Carlos Britto, na Rural FM. Segundo ele, o Governo da Bahia se comprometeu a não atrasar os pagamentos a unidade de saúde. E revelou que, após conversa com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, a empresa que administra o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) “tinha obrigação de pagar em dia seu servidores, mesmo que o governo do Estado atrasasse três meses. Porque na licitação consta isso. Mas infelizmente a empresa não tem no hall para segurar três meses e cada mês desse são 5 milhões de reais que o governo repassa. Então sugeri: ou o governo paga em dia ou rescinde o contrato dessa empresa”, frisou. 

“Eu não vou tolerar mais nenhum tipo de atraso no Hospital Regional. Atraso de salários dos servidores que estão dando a sua própria vida para salvar vidas e não era justo que esses servidores ficam dois, três meses com salários atrasados”, pontuou. Os profissionais de saúde do hospital já foram pagos.

Eleições

Sobre as reconfigurações políticas em Juazeiro para as eleições municipais deste ano, como mudanças na vaga de vice-prefeito, o deputado explica que ainda não houve conversa sobre quem acompanhará Paulo Bomfim, a quem ele apoia. ”Ainda estou ajustando as coisas com o prefeito Paulo Bomfim, da eleição passada. Não tivemos nenhum tipo de discussão para a continuidade do nosso apoio. Claro que se o prefeito quiser, eu não vou me opor a apoiar o prefeito pelas obras que ele conseguiu fazer em Juazeiro. Mas até o momento, ele não me chamou pra nada. Qualquer tipo de discussão nesse momento, sobre vice ou candidatura, é prematuro e o PDT ainda não discutiu com nenhum pré-candidato de Juazeiro”.

Perguntado se acredita na reeleição de Paulo Bomfim, ele disse que “a eleição é uma incógnita. A gente não sabe o que pode acontecer. São 20 candidatos e não temos uma candidatura consolidada de ninguém. A única é a do prefeito Paulo Bomfim, que tem direito à reeleição. Mas até o momento o nosso partido e qualquer avaliação que for fazer agora, vamos errar, porque ainda não temos um cenário definido”.

A volta do futebol

Sobre a retomada das atividades esportivas das equipes profissionais em meio à pandemia, divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Roberto Carlos, que também  é presidente do time da Juazeirense, disse não concordar. “O pessoal da CBF está vivendo em outro planeta. Não combinou nada com o coronavírus para poder voltar ao futebol. O futebol requer contatos, aglomerações, mesmo sendo de portões fechados”. Segundo o dirigente, cada partida reuniria cerca de 132 pessoas, mesmo sem o público. “Nesse momento, a nossa luta é pela vida. Não pelo campeonato. Então, eu quero deixar registrado o meu protesto contra a continuidade dos campeonatos estaduais”, enfatizou.

A questão econômica também preocupa Roberto Carlos quando pensa nessa retomada. “Nós não temos estrutura financeira para continuar o campeonato. Nós não temos logística para trazer nossos jogadores que estão no Pará, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro. Não temos estrutura financeira para poder bancar a folha de pagamento. O regime que a Juazeirense, que o futebol adota de pagamento, de trabalho, é trabalhista. Você tem que contratar no mínimo o jogador por três meses e só temos duas rodadas”. E reforça: “a Juazeirense é contra literalmente os retornos dos campeonatos estaduais”. A saída, segundo ele, é que “a CBF anule todos os campeonatos estaduais e não tenha um campeão e nem também times que descem para segunda divisão”.