O desastre ambiental que atinge as praias do Nordeste brasileiro com a chegada de manchas de óleo à região é um caso inédito no mundo e ainda não é possível prever o seu fim, informou a Folha de S. Paulo. A avaliação é da coordenadora de Emergências Ambientais do Ibama (Instituto Natural do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), Fernanda Pirillo, responsável pelas operações de limpeza dos locais atingidos.
De acordo com a coordenadora, a união de três fatores faz deste desastre um episódio único: o desconhecimento do responsável pela poluição, a extensão do impacto e a recorrência na chegada do óleo, o que leva a crer que se trata de um vazamento intermitente. A extensão do impacto já supera 2.000 mil quilômetros, nas praias do nordeste, são 238 localidades afetadas em 88 municípios de nove estados.
“No início, não se imaginava o que aconteceria. Um acidente desses é inédito no mundo”, afirma Fernanda Pirillo. A coordenadora do Ibama diz que a recorrência da chegada do óleo impede projeções sobre quando a limpeza estará concluída.