O risco de desertificação do semiárido baiano, caso o aquecimento global persista, e o estabelecimento de metas rígidas de emissões de gases do efeito estufa, pelo governo brasileiro, sem causar a estagnação da economia, foram as marcas da audiência pública realizada na segunda-feira (28/09), em Salvador, pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.

No evento, requerido pelo deputado federal Jorge Khoury, foram colhidas informações dos diversos setores sociais, governamentais e não governamentais, para a formatação de documento a ser apresentado no capítulo parlamentar da 15ª Conferência das Partes, na Dinamarca, em Dezembro.

De acordo com Khoury, é natural que o país inteiro se preocupe com a questão da Floresta Amazônica. No entanto, o bioma que vai ser mais sacrificado com o aquecimento global é o bioma da Caatinga, no semiárido, que representa dois terços do território baiano, com 289 municípios.

Ao final dos debates, Eduardo Mattedi, Superintendente de Políticas Ambientais da Secretaria do Meio Ambiente, parabenizou o deputado Jorge Khoury por seu Projeto de Lei que cria o pagamento por serviços ambientais. “A questão ambiental transcende o ambiente político”, explicou.

“Coloco com bastante veemência a importância do combate à desertificação, pois se acontecer o que está se prevendo, a alteração de dois graus centígrados no aquecimento da terra, o semiárido passará à aridez completa, agravando as dificuldades de sobrevivência do nosso povo”, disse, considerando a criação de mecanismos efetivos de combate ao problema.

Informações da assessoria