Dia do Hemofílico: Doença atinge mais homens que mulheres

por Carlos Britto // 04 de janeiro de 2019 às 20:00

Lembrado nesta sexta-feira (4), o Dia do Hemofílico tem como objetivo chamar atenção para este mal, que consiste num grupo de doenças genéticas hereditárias as quais prejudicam a capacidade do corpo humano em controlar a circulação do sangue, além de dificultar o processo da coagulação, usado para parar hemorragias. A homenagem foi instituída no Brasil após a morte do escritor e cartunista brasileiro Henrique de Souza Filho (o Henfil), e dos seus irmãos, que possuíam a doença e que, por conta das transfusões de sangue – antes necessárias ao controle da patologia – acabaram por contrair o vírus HIV, em 1988.

É mais provável a hemofilia ocorrer em homens do que em mulheres. Isso acontece porque a doença é fruto de um defeito genético no cromossomo X. Como as mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm apenas um, o gene defeituoso está garantido a se manifestar em qualquer homem que o carrega. Como as mulheres têm dois cromossomos X, a chance de ter duas cópias defeituosas do gene é muito remota.

Os sintomas característicos de quem tem a doença variam. Pacientes com hemofilia mais acentuada sofrem sangramentos mais graves e mais frequentes, enquanto aqueles com hemofilia leve geralmente sofrem os sintomas não se manifestam de forma tão agressiva – exceto após cirurgia ou trauma grave. Hemofílicos moderados têm sintomas variáveis que se manifestam ao longo de um espectro entre formas graves e leves.

Tratamento

Não há cura para a hemofilia, mas existem vários estudos que procuram a melhora do tratamento. Controla-se a doença com injeções regulares dos fatores de coagulação deficientes. Dependendo da severidade da patologia, são necessárias aplicações mais frequentes de plasma, o componente líquido do sangue. Fisioterapia também é aconselhada, por diminuir a chance de hemorragias, por conta do fortalecimento muscular.

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