O Dia Mundial da Água, celebrado no último dia 22 de março, motivou pronunciamentos na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) dessa segunda (24). Os discursos trataram de obras de infraestrutura hídrica no Estado, especialmente no Agreste e no Sertão, e da possibilidade de concessão de serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O tema das rodovias também entrou em pauta, com foco nas necessidades do polo de confecções e na licitação para recuperação da PE-027, a Estrada de Aldeia, no Grande Recife.
A deputada Socorro Pimentel (União) destacou a escassez hídrica no Sertão, elogiando o governo do Estado pelo programa ‘Águas de Pernambuco’, que tem quatro eixos principais: segurança hídrica; abastecimento d’água; coleta e tratamento de esgoto e saneamento rural. “Esse último eixo é um avanço decisivo para as comunidades do interior e para as famílias do Sertão, do Agreste e da Zona da Mata”, afirmou.
Líder do Governo na Alepe, Socorro Pimentel também ressaltou a importância da licitação da Adutora de Negreiros. O projeto pretende instalar um sistema adutor de água bruta com capacidade de transportar água captada do Rio São Francisco, em Salgueiro (Sertão Central), para atender cerca de 11 municípios do Sertão do Araripe. De acordo com ela, 400 mil pessoas serão beneficiadas.
Dani Portela (PSOL) também repercutiu o Dia da Água e citou os problemas de abastecimento em Pernambuco. Como exemplo, registrou que cerca de 15 mil moradores do distrito de Camela, no município de Ipojuca (Região Metropolitana do Recife) estão há 26 dias sem água potável nas torneiras. Ela criticou ainda a concessão parcial para a iniciativa privada, estudada pelo governo, de parte dos serviços da Compesa. Para ela, privatizar a captação e o tratamento da água só vai aprofundar os problemas atuais e a desigualdade no acesso ao recurso.
Adutora do Agreste
A governista Débora Almeida (PSDB), por sua vez, relatou atividades recentes do mandato no Agreste. Entre elas, o acompanhamento das obras da Adutora do Agreste no município de São Bento do Una. A deputada destacou que a obra, orçada em R$ 27 milhões, ficou paralisada – mesmo com uma ordem de serviço datada de 2013.
Segundo ela, desde a retomada, alguns trechos já foram concluídos, como o situado entre de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, e Caruaru, no Agreste Central. “Estão em obras os trechos para São Bento do Una e o Brejo da Madre de Deus. É uma vitória para nossa cidade. Provavelmente, em junho a gente começa a receber água do São Francisco e haverá a instalação de uma estação de tratamento, para podermos ter uma maior oferta de água para a nossa região”, completou.
No Sertão tem água até demais, o que falta são políticas sérias para que não falte água nos meses de estiagem. ADIANTA VOCE receber uma cisterna para colocar água de carro pipa? Claro que não. No Sertão chove no mínimo 200 bilhões de metros cúbicos de água todos os anos, a cada 4,5 anos chove no mínimo 600 bilhões, então? Falta água? Não, o que falta é se direcionar e armazenar a água que cai das precipitações. A natureza via evaporação, leva as água do mar para uma determinada altura, formam se as nuvens, que através dos ventos são transportadas para o Sertão e lá despejam as águas através das chuvas. Essas águas caem nos correios, que caem nos riachos, que caem nos rios, que jogam no mar, isto é, a água volta para o mar. Os governos precisam lidar com os efeitos das estiagem de forma séria e não como fonte de votos. Vamos desenvolver de forma conduzida a produção de faveleiras? Quem sabe aí tenhamos uma produção de azeite comestível até melhor que o de OLIVA? Uma forragens de primeira linha eu não tenho dúvidas.