No dia em que Juazeiro (BA) celebra o Dia da Poesia (14 de março), é inevitável não lembrar do grande Manuca Almeida, que deixou esse plano físico em 2017. No entanto, seu legado artístico e poético nunca será esquecido, como lembra sua esposa Lu Almeida neste artigo enviado ao Blog:
O Céu está em festa!
“A poesia vai fazer de mim um poema” e fez, Manuca foi poesia e fez poesia até seu último dia. Viveu da arte e pra arte, sonhou, lutou espalhou amor e dobrou a esquina, mesmo quando os versos pediam rima. Manuca construiu uma história linda, tanto na vida quanto na arte.
Foi além do seu mundo, da sua cidade, foi pro mundo. Manuca foi um sonhador que realizou e, como ele mesmo disse: “Sonhos não dormem”. E também como no texto que ele publicou quando estava em Barretos: ” Sonhos não dormem e eu durmo, acordo, planto e rego eles todos os dias no meu Quintal”. Isso, a poesia que Manuca deixou continua bem viva no seu quintal e em nossos corações.
A poesia entrou na vida de Manuca muito cedo. Aos 13 anos já escrevia, aos 15 publicava no Jornal Tecanos e recitava em praças pelo Brasil. Aos 18 anos, na década de 80, voltou a Juazeiro e as ruas foram seu endereço. Recitou nos Movimentos no qual fazia parte (Chá das 5, Domingo Dela e Carroça Espacial). Recitou no Beco da Cultura e construiu seu próprio espaço, o Quintal do Poeta. Manuca fez poesias e músicas, lançou livros, ganhou Grammy Latino e deixou centenas de músicas gravadas, tudo isso tendo” a palavra em primeiro plano”. Viva poesia, viva Manuca Almeida, Castro Alves e todos os poetas!
OBS: Hoje o Quintal do Poeta-Memorial Manuca Almeida recebeu mais de 200 estudantes e, durante os primeiros dias do mês de março, mais de 500.
Lu Almeida
Manuca vive no verso dito e no que ainda não foi inventado. É um poema presente no pensamento pedindo pra todo mundo sonhar acordado.