Quem não está conseguindo esconder a satisfação com a ordem de serviço assinada hoje (28) pela presidente Dilma Rousseff, de um lote da Ferrovia Transnordestina que vai interligar dois portos do Nordeste ao Sertão do Piauí, é o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB). A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai entregar 1.753 quilômetros de ferrovias, que farão conexão entre os portos de Pecém (no Ceará) e de Suape (em Pernambuco) com a cidade de Eliseu Martins (no Piauí).
Gonzaga é autor do Projeto de Lei (PL) nº 1125/1988, que incluiu a ligação ferroviária de Pernambuco na relação descritiva das ferrovias do Plano de Viação – instituído pela lei nº 5917, de 10 de setembro de 1973, incluindo a ligação Salgueiro-Araripina, denominada Ferrovia do Gesso. Esse projeto transformou-se na lei nº 9.060/1995, popularmente conhecida como Ferrovia Transnordestina.
O parlamentar também é o autor do PL nº 6328/2005, que denomina a Transnordestina de ‘Ferrovia Miguel Arraes de Alencar’. O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, em 2009. “Pra quem nasceu em uma estação de trem, foi ferroviário, telegrafista e maquinista, fico muito feliz com essa notícia. Agora minha luta maior será pela interligação da hidrovia do São Francisco com a Bacia Amazônica, única maneira de salvar o Velho Chico,” disse Gonzaga.
O trecho que terá as obras iniciadas hoje tem 50 quilômetros e compreende os municípios de Acopiara e Piquet Carneiro. O lote faz parte do eixo cearense da ferrovia, que tem como objetivo escoar a produção agrícola e mineral da região, promovendo a exportação dos produtos brasileiros pelo Norte do país. Nos últimos anos, o governo federal tem investido em novas rotas de escoamento que fujam da forte concentração atual nas regiões Sul e Sudeste. As informações são da assessoria parlamentar.