Direção do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora rebate acusações de mãe de Beatriz

por Carlos Britto // 03 de junho de 2016 às 06:40

colégio auxiliadora lutoNuma nota enviada à imprensa, a direção do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora defende das acusações feitas por Lúcia Mota, mãe da menina Beatriz Angélica Mota, que foi brutalmente assassinada na noite de 10 de dezembro de 2015, durante evento de formatura na instituição. Um dos pontos rebatidos pela direção é a de que o evento dispensava a presença da Polícia Militar para fazer a segurança, por se tratar de uma atividade do calendário letivo do colégio, que acontece há quase uma década. Por ser um evento particular, poderia se caracterizar um desvio de finalidade por retirar policiais de suas funções junto à comunidade. Além disso, uma empresa de vigilância havia sido contratada para esse trabalho.

Confiram, na íntegra, a nota do colégio:

O colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Petrolina reforça, junto à comunidade do Vale do São Francisco e especialmente à família da ex-aluna Beatriz Mota, o seu comprometimento com a busca por justiça e punição do criminoso ou criminosos que ceifaram a vida da criança, numa ação brutal e desumana. Contudo, em respeito aos alunos, funcionários e toda sociedade, a unidade escolar se vale do seu direito de ampla defesa para esclarecer algumas informações que circulam nas mídias sociais e veículos de comunicação com acusações contundentes sobre a instituição, corroboradas pela apresentação de documentos que compõem o inquérito policial que investiga o caso.

No dia 10 de dezembro de 2015 foi realizado na unidade de ensino um evento acadêmico que marcou o encerramento do ano letivo de turmas do 3° ano do ensino médio. Na ocasião 192 alunos participaram da solenidade, que teve início às 19h20 e encerrou-se às 22h30. O ato é uma atividade do calendário letivo da instituição e acontece há quase uma década, seguindo um rito que se repete anualmente. A organização da cerimônia, intitulada Aula da Saudade, estima que cerca de 1.500 pessoas prestigiaram o evento. O ato aconteceu nas dependências da escola e eventos desta natureza dispensam a presença de Polícia Militar ou órgãos de segurança pública. O deslocamento de agentes da PM para policiamento em eventos particulares impacta na cobertura de segurança em regiões vulneráveis e pode ser caracterizado como desvio de finalidade. Naquela noite atuavam na segurança funcionários da instituição e profissionais da empresa de vigilância contratada pela unidade de ensino.

Licença Corpo de Bombeiros

Acerca da liberação do Corpo de Bombeiros, é importante destacar que até o ano de 2015 o colégio recebeu a anuência do órgão. Porém, com modificações na legislação que rege sobre as normas de segurança e prevenção contra incêndios, foram realizadas inspeções na escola que indicaram adequações que deveriam ser feitas na unidade para se ajustar as novas diretrizes. Em setembro de 2015 o projeto com as devidas redefinições foi apresentado e protocolado junto ao batalhão de Petrolina, que até o momento não expediu o parecer favorável ou improcedente.

Alvará

O Colégio Auxiliadora foi acusado equivocadamente de ter cometido prática de sonegação de imposto, o que é uma informação falaciosa, uma vez que o alvará de funcionamento, expedido pela Prefeitura de Petrolina não se enquadra como imposto, mas uma autorização de exercício de uma atividade aberta ao público. Por se tratar de uma entidade filantrópica e imune, a escola é isenta de impostos e tributos, pagando um valor fixo, anualmente, para a renovação do Alvará.

Atitudes que violam os valores, sustentados pela identidade e conduta religiosa, são inadmissíveis, e a postura que norteia a instituição é de honrar as leis, respeitando todos os processos e regimentos exigidos. 

Ameaças e atentados           

No vídeo que está sendo divulgado amplamente, questiona-se sobre a existência de atentados e ameaças contra a escola. Neste sentido pontua-se que no mês de agosto vândalos invadiram a unidade de ensino e atearam fogo no depósito de materiais esportivos. Na ocasião foi registrado um boletim de ocorrência, relatando o fato e solicitando investigação policial para apurar suas motivações.   

Posteriormente, no mês de outubro, uma ação semelhante foi contida por funcionários do Colégio, quando foram detidos dois ex-alunos tentando invadir a escola. Uma nova ocorrência foi aberta pela instituição, denunciando as ações e mais uma vez solicitando averiguações. Até o momento não foram apresentadas conclusões sobre o inquérito policial.

Ao longo dos 90 anos de história o colégio preserva valores que são imutáveis, como a fé, ética, respeito e compromisso com ensino e com a sociedade. Em um momento de comoção e de clamor por justiça, como o vivenciado, a escola entende que deve haver união e discernimento entre todos que estão imbuídos neste mesmo sentimento. Assim como os pais, amigos, familiares e toda a sociedade, é desejo do colégio que este crime seja elucidado o mais breve possível e para isto está empenhando todos os esforços para contribuir com as autoridades responsáveis pela investigação.

Colégio Nossa Senhora/Ascom

Direção do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora rebate acusações de mãe de Beatriz

  1. Julia disse:

    muita podridão escondida!!!!

  2. Abelardo Coelho disse:

    Já vi este filme. Quem não se lembra do caso das meninas de Serrambi no litoral Sul de Pernambuco em 2003?. OS IRMÃOS KOMBEIROS, apanharam para assumir um crime que não cometeram. E é público e notório que os autores são filhinhos de pessoas da alta sociedade pernambucana e estão impunes até os dias de hoje. Um dia, pena que seja tarde, mas, a casa vai cair.

  3. Cidadão disse:

    A minha pergunta é: onde está ou estão o assassino ou os assassinos desta criança?

  4. Carla disse:

    Sei de uma coisa, esse tão renomado colégio demorou alguns meses para começar a apoiar e participar dos eventos que pediam justiça pela morte dessa criança e eu nunca entendi porque, quando eu ia ,inicialmente, aos manifestos, feitos sempre nas proximidades do colégio, os residentes desse macabro colégio nunca apareciam.Eu particularmente, depois do ocorrido e da omissão do colégio, nunca teria coragem de colocar o meu filho, nem que fosse de graça nesse colégio. Por mais que eles falem , tem explicar, mas o fato real foi que uma criança morreu dentro do colégio e se foi dentro do colégio, o colégio tem culpa sim. Vocês podem até explicar mas nunca vão consegui justificar!!!

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