O diretor-presidente da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), Paulo Valgueiro, saiu em defesa do sistema de transporte público na cidade. Em entrevista ao programa ‘Manhã do Vale’ desta terça-feira (30) na Rádio Jornal, ele sugeriu que a responsabilidade pelos problemas atuais no setor recai muito mais sobre as empresas que prestam o serviço.
Falando em “histórico de brigas e judicialização”, Valgueiro justificou que desde a primeira gestão do prefeito Julio Lossio, quando assumiu pela primeira vez a EPTTC (em 2010), vem tentando chamar as empresas de ônibus para o diálogo. Até agora, no entanto, disse não ter obtido êxito. “Há muitas dificuldades nesse sentido”, informou.
Sobre a planilha tarifária, a qual o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Passageiros do Vale do São Francisco (Setransvasf) sustenta que a EPTTC nunca apresentou publicamente nenhuma, o diretor-presidente também contestou.
Valgueiro lembrou que neste ano, já no seu retorno ao cargo, reativou o Conselho Municipal de Transporte. De quebra, fez um levantamento dos insumos (óleo diesel, pneus) das empresas e determinou a um técnico da EPTTC que apresentasse os números aos conselheiros, uma vez que nem todos entendiam a planilha – que foi apresentada em setembro último numa reunião do Conselho. “Mais público do que isso, impossível”, garantiu Valgueiro.
Sobre o valor da passagem, ele ressalta que a planilha da EPTTC fechou em R$ 2,37, para a área urbana. Mas por questão de troco ficou em R$ 2,35. Esse valor, segundo ele, já estava vigorando na época, por isso não viu necessidade de reajuste naquele momento. Ele reforçou ainda que mesmo por força da decisão judicial, quando a passagem foi reajustada para R$ 2,62, ficou em R$ 2,60, e agora, estipulada em R$ 2,46, vale de fato R$ 2,45.
Novas linhas
Valgueiro argumentou ainda que cada município tem “sua realidade” e a tarifa deve ser cobrada dentro desse contexto, rechaçando dessa forma os argumentos do Setranvasf de que o aumento da tarifa deveria ser bem maior para que as empresas pudessem oferecer um serviço de melhor qualidade aos petrolinenses. “Os empresários têm de ganhar dinheiro, mas os cidadãos têm de ser tratados com dignidade. Eles pagam e merecem receber um bom serviço”, salientou.
O diretor-presidente adiantou também que a EPTTC deve autorizar duas novas linhas, sob a forma de concessão temporária por 180 dias, para atender os usuários dos residenciais do programa ‘Minha Casa Minha Vida’. As duas empresas (Joalina e Viva Petrolina) têm até a próxima segunda-feira (5 de janeiro) para comprovarem sua regularidade fiscal – requisito obrigatório para conseguirem a concessão. “Ambas pediram um prazo para apresentarem a documentação, justificando que os órgãos estão de recesso. Mas o que sabemos é que elas estão com dificuldades em apresentar essas certidões”, afirmou. Caso isso não ocorra, Valgueiro afirmou que pode abrir caminho até para uma outra empresa que possa oferecer veículos dentro das condições de uso, como determina a lei, e que tenha a regularidade fiscal comprovada.
Falar é muito fácil, agora comente a incompetência da prefeitura desde 2000. Transporte público é coisa seria como saúde, então não use politicagem em algo serio. Asfalte um corredor, arque com a gratuitidade e, não jogue a culpa em outros. Todos são culpados ate porque em 2001 tínhamos a melhor frota de Pernambuco