Uma vida dedicada a levar a palavra de Deus a quem necessita. Este tem sido o ofício do atual bispo de Juazeiro (BA), Dom Carlos Alberto Breis Pereira, durante a maior parte dos seus 54 anos de idade. Nascido em São Francisco do Sul (SC), ele faz questão de ser chamado carinhosamente por Dom Beto, seu apelido desde a infância. “Acho que facilita tanto a relação familiar quanto a pastoral”, afirmou o líder religioso, no Carlos Britto Talk Show da última sexta (29).
Dom Beto tomou posse como bispo diocesano da principal cidade do norte da Bahia no dia 7 de setembro de 2016, durante o novenário de Nossa Senhora das Grotas. Em quase três anos já conquistou o reconhecimento da comunidade católica juazeirense pelo seu carisma.
Com um vasto currículo na bagagem, Dom Beto foi ordenado sacerdote em 94, em Fortaleza (CE), onde ficou por 12 anos. De lá, seguiu para Roma para fazer Mestrado de Teologia Espiritual. Ao retornar, veio para Pernambuco, atuando em cidades da Zona da Mata e, por fim, na capital do Estado. Ele contou que já conhecia Juazeiro, mas não tinha a menor noção de que um dia pudesse fincar raízes na região. “Como franciscano e provençal, eu vinha de Triunfo, de carro, visitar os frades de Campo Formoso, mas nunca pensei em morar às margens do Velho Chico”, afirmou.
A escolha de Dom Beto para assumir a Diocese de Juazeiro foi feita pelo núncio da Igreja Católica e é muito criteriosa – além de ser sigilosa. Baseia, sobretudo, na vocação do religioso em aceitar a missão que lhe foi designada. Dom Beto sempre teve essa vocação desde a mais tenra idade. “Desde os cinco ou seis anos eu já manifestava o desejo de ser padre”, contou.
Ele reconhece, no entanto, que a vocação religiosa nos tempos atuais passa por momentos difíceis. “Acho que seja pelo fato de que as famílias terem menos filhos hoje, e a religião tem um peso menor sobre a cultura e a sociedade. Para os padres diocesanos, ainda há um crescimento vocacional, mas em relação às freiras há uma diminuição mais significativa”, ponderou.
Sem zona de conforto
Dom Beto ressaltou que o maior desafio na missão de um religioso é “não ficar numa zona de conforto, acomodado”. Por isso, no caso dele, vem sempre tomando decisões de interesse da comunidade, cujos efeitos não se resumem ao presente, mas têm também repercussão para o futuro. Perdeu a entrevista completa de Dom Beto? É só acessar o link disponibilizado pelo Blog.
Fernando Filho virou padre? kkkkkkkkkkk