Dom Paulo diz que empreendimento comercial em área da Diocese renderá muito mais a empresários do que à Igreja

por Carlos Britto // 23 de agosto de 2017 às 10:58

Na segunda parte da entrevista exclusiva para o Blog, o bispo emérito de Petrolina, Dom Paulo Cardoso da Silva, demonstrou certa mágoa por não ter tido acesso ao projeto que prevê a construção de um shopping popular numa parte da área pertencente à Diocese, nas imediações do Palácio Episcopal. Ele estava na África, a serviço da igreja, e quando retornou à cidade se disse “surpreendido” pela fase adiantada na qual se encontrava o projeto. Por isso, resolveu se manifestar publicamente.

O líder religioso – que não escondeu a satisfação pelo respaldo popular que recebeu após sua carta aberta, mostrando-se contrário ao empreendimento – citou duas áreas onde o shopping poderia ser construído. Uma delas nas imediações da Avenida Guararapes. A outra, onde fica o ‘palacinho’ (no antigo Incra), que também é da Diocese.

“Sei que a Diocese necessita de recursos, porém um investimento desses lá (imediações do Palácio Episcopal) não”, afirmou Dom Paulo, acrescentando que a construção do shopping no local, caso aconteça, pode inviabilizar até a morada do novo bispo que vem para Petrolina, por conta do fluxo de pessoas e veículos. O bispo emérito informou ter enviado ofício ao prefeito anterior, Julio Lossio, sobre o assunto, mas disse que ainda não procurou o atual, Miguel Coelho.

Para Dom Paulo, toda a operação que se pretende naquela área renderá muito mais aos empresários do que à própria Diocese. Ele também fez questão de ressaltar que mais de 40 arquitetos, além de outros representantes da sociedade civil, o apoiam em seu posicionamento.

Dom Paulo diz que empreendimento comercial em área da Diocese renderá muito mais a empresários do que à Igreja

  1. Pedro Lino disse:

    Projeto que não sai do papel. É só lembrar dos dois que já foram anunciados.

  2. Justino disse:

    É só desapropriar áreas no centro pertencentes aos Coelhos ou de Adalberto Cavalcante, que a questão fica no passado. Tenho solução para muitas coisas. Assessoramento gratuito.

  3. Mauricio Dantas disse:

    Nos últimos anos a pratica de retaliamento e distribuição (já que não houve nenhuma vantagem financeira para igreja) dos imoveis diocesanos vem sendo comum. Imoveis que tem finalidades sociais, religiosas e educacionais serem passados a grupos financeiros privados para uso comercial tirando da população prédios históricos da cidade para colocar pontos comerciais apelidados de “populares” que não tem nada de popular ja que vai ser um centro comercial milionários com lojas e outros empreendimentos que buscam lucros altíssimos para seus clientes cobrando ate pelo “ar que se respira” dentro deles. Isso cheira a negociata com lucros para bolsos particulares!

  4. Leandro Santos disse:

    E desde quando a Diocese tem o dever de comunicar a bispo EMÉRITO sobre o andamento de seus projetos. O tempo desse bispo passsou!!!!
    Porque ele num aproveita e da um entrevista colocando a população católica ciente da situação financeira que entrou a Diocese, financeiramente falando, ao seu sucessor!!! Diocese FALIDA FINANCEIRAMENTE!!!!
    Disse Jesus: a verdade vos tornará livres!!!
    Se pronuncie senhor bispo emérito paulo Cardoso!!!
    A diocese ficou relegada a 27 de abandonos no que diz respeito a administração financeira, gestão e manutenção dos imóveis que possuía.

    1. Jovem Católico disse:

      A Diocese tem o dever de consultar a comunidade e o Bispo Emérito faz parte dela. Já que o clero não tem a voz pra
      discordar com medo de retaliação e perseguição e e os leigos que compõe o colégio de conselhos “cúria” composta por falsos católicos na sua grande maioria e os que irão se beneficiar do projeto. São empresários que não estão inseridos na Igreja, não sabem a realidade de grupos de jovens da Igreja. Não sabe a realidade das pastorais e movimentos. São lobos disfarçados de cordeiros com o único intuito de servir ao dinheiro “seus interesses particulares” e não a Deus. Hipócritas.

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