As clínicas e hospitais particulares de Petrolina terão a chance de ampliar os serviços à comunidade, através do Sistema Único de Saúde (SUS), em troca da isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) durante o tempo em que aderirem ao Programa Saúde Para Todos (Prosaúde). Esse foi o projeto de lei 006/16, de autoria do prefeito Julio Lossio (PMDB), aprovado na sessão plenária desta terça (28) na Casa Plínio Amorim.
A proposta passou por unanimidade – 19 votos a zero – juntamente com o projeto 007/16, também enviado pelo chefe do Executivo, instituindo o Programa de Regularização de Débitos Fiscais (o Prorefis Saúde).
Esse último é condição obrigatória para a adesão dos donos das clínicas e hospitais ao Prosaúde. Pela proposta de Lossio, os estabelecimentos médicos ofereceriam, no mínimo, serviços em valores mensais equivalentes a 5% da média do seu faturamento bruto mensal do exercício anterior, em troca da isenção do ISS durante o tempo de adesão ao programa.
A polêmica inicial criada na Casa, em torno do Prosaúde, é que o projeto poderia implicar em renúncia de receita, o que não irá ocorrer. Um dos vereadores que votaram a favor, o líder da bancada de oposição José Batista da Gama afirmou ao Blog que a proposta deverá representar uma injeção de ânimo para os donos dos estabelecimentos hospitalares. “Eles vão pagar só o principal, sem correção monetária, vão renegociar as dívidas. E não há renúncia de receita (da prefeitura). Além disso vai evitar a demissão em massa, ao mesmo tempo em que dará condições aos usuários do SUS a ter sua cobertura pelo hospital”, pontou.
O Prosaúde será gerido pela Secretaria Municipal de Saúde, que ficará responsável pela triagem e encaminhamento dos beneficiários – de acordo com a necessidade do atendimento – ao estabelecimento cadastrado no programa.
ISS
Para um dos sócios do Neurocárdio, José Carlos Moura (foto), a proposta vem para dar um importante suporte ao polo médico, que é o segundo maior de Pernambuco, mas diante da atual crise econômica, passa por serias dificuldades. “Quase todos os estabelecimentos estão em débito com o ISS, e isso já estava inviabilizado o funcionamento de alguns hospitais. Essa saída encontrada pelo prefeito Julio Lossio, em trocar serviços, é um ganho muito grande para a comunidade. Estamos pagando com outra moeda, a da assistência”, avaliou José Carlos.
Outro ponto, no entanto, deverá ficar para depois das eleições. Trata-se da redução da alíquota do ISS, de 5% para 2%. “Isso seria a sustentabilidade do processo. Se houve um acúmulo no débito, e se não houver uma equidade, por exemplo, com Recife, que é de 2,5%, Caruaru, que é 2%, ou até Juazeiro (BA), que é de 3%, nós vamos estar na mesma situação, porque a bola de neve desse imposto é muito grande. Então acho que isso é um compromisso do Executivo, provocado pelo Legislativo, através do vereador José Batista”, completou.
Parabéns prefeito! Mas uma ação totalmente voltada para os mais necessitados. Só não ver quem não quer. Se um terço dos políticos do Brasil pensasse um pouco nos mais humildes a coisa não estaria nesse patamar. Deus o abençoe.
Bom para os hospitais e clinicas, para o povo? Nada. Não vai melhorar em nada, o povo vai continuar sem atendimento, pois os médicos não vão deixar de atender a quem chega com dinheiro para atender um pelo SUS.
Péssimo negócio esse que os vereadores fizeram deviam era exigir do Município mais hospitais públicos com qualidade para atender ao povo e não encher os já cheios bolsos dos mercadores da saúde.