O líder governista na Casa Plínio Amorim, Dr.Pérsio Antunes (PMDB), pode desencadear uma polêmica que parecia enterrada. Ao comentar sobre as demissões anunciadas no Legislativo pela presidente da Mesa Diretora, Maria Elena (PSB), o vereador – um dos cotados a sucedê-la – disse que não tinha conhecimento sobre a verba extra pela qual os integrantes da Mesa Diretora tinham direito, e afirmou que buscaria uma “maior transparência” do Legislativo, se fosse eleito o novo presidente.

Também lamentou o fato de não haver uma distribuição igual de assessores para cada vereador da Casa Plínio Amorim. Segundo Dr. Pérsio, há colegas “com 9, 13 ou 14 assessores”.

E foi mais além: “Eu sei que a administração tem 68 cargos. Então, é possível que estejam sendo rateados para conseguirem a Mesa Diretora”.

Embora tenha deixado claro que, mesmo da situação, tem um bom trânsito na bancada de oposição (maioria absoluta na Casa) e que só aceitaria disputar a presidência em torno de um consenso entre todos os pares, Dr.Pérsio usou o mesmo discurso do vereador eleito José Batista da Gama (PDT) – outro nome colocado à disposição para a disputa. Semana passada, Zé Batista já tinha dito ao Blog que iria impor uma “nova dinâmica” e que brigaria para deixar a administração do Legislativo “mais transparente” para os petrolinenses.

Dr.Pérsio mostrou-se preocupado pelas informações, divulgadas na imprensa local, de que a atual presidente Maria Elena anda com dificuldades para fechar as contas da sua gestão frente à Casa. E reconheceu que a verba extra de R$ 3,5 mil concedida a cada vereador da atual Mesa Diretora (perfazendo R$ 9 mil de salários) onerou desnecessariamente as despesas da Câmara, o que poderia evitar as demissões. O governista deixou a entender que, se fosse o próximo presidente, acabaria com esse benefício. “Um salário de R$ 12 mil (para a próxima legislatura) seria mais do que suficiente”, afirmou.