Uma droga tem ganhado espaço entre pessoas que participam concursos públicos com frequência. Estimulada no mercado financeiro americano, logo chegou ao Brasil uma droga estimulante (cloridrato de metilfenidato), mais conhecida como ritalina. O fármaco é usado para diminuir o cansaço, como também para melhorar a desempenho e aumentar a produtividade.
Recomendado para pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o medicamento apresenta risco de sobrecarga de rim, de coração, e o corpo pode entrar em estresse, além da possibilidade de surgimento de transtornos psicóticos e de ansiedade, alerta o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva.
O remédio, apesar de ser de tarja preta (vendido com receita amarela), chega fácilmente a quem não necessita dele. “As pessoas compram pela internet, no mercado negro das farmácias, em classificados. Mas esse não é um medicamento que pode ser usado por qualquer um“, aconselha o médico. Segundo a consultoria IM Health do Brasil, de julho de 2012 a julho de 2013 foram vendidos no Brasil 2,75 bilhões de caixas com metilfenidato, o equivalente a R$ 54,2 bilhões. Entre os efeitos colaterais da ritalina estão insônia, euforia, taquicardia, ressecamento de mucosa, hipertensão, angina de peito e dependência química.
De acordo com a psiquiatra Analice Gigliotti, diretora do Espaço Clif, o principal problema das chamadas smart drugs é desenvolver dependência, mesmo risco que existe com álcool e maconha, por exemplo. (Informações de O Globo)