Durante audiência, promotora é categórica: “MPPE não quer acabar comercialização de queijo em Petrolina”

por Carlos Britto // 20 de julho de 2011 às 14:24

 

A representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em Petrolina, promotora Ana Cláudia Sena (foto), usou um discurso convincente para pôr fim sobre os boatos de quer o orgão quer acabar com a venda de produtos como o queijo de coalho em feiras livres da cidade. Durante a audiência pública sobre a fabricação e comercialização de produtos como esse e outros de origem animal, na manhã de hoje (20) na Casa Plínio Amorim, Ana Cláudia ressaltou que o MPPE não é contra os produtores de queijo.

O que acontece, segundo ela, é que o órgão está apenas cumprindo a legislação federal, a qual obriga que produtos perecíveis como o queijo tenham certificado de qualidade. “O consumidor está mais exigente e quer consumir um produto que saiba da sua procedência”, argumentou a promotora.

Muitos desses produtos vendidos em Petrolina são fabricados em municípios circunvizinhos, como Afrânio e Dormentes, e de maneira artesanal. Um decreto instituído ainda no Governo Arraes e respaldado pela Lei Estadual nº 13.376 de 2007 garante a legalização desse tipo de produto. Mas desde o último dia 15 de junho o MPPE baixou uma determinação na qual todo comércio artesanal do queijo só será liberado diante de inspeção da Vigilância Sanitária – o que preocupou a maioria dos fabricantes.

Mas Ana Cláudia garante que na cidade muitos comerciantes já começam a se adequar à medida. “Nas feiras livres também há queijos com certificado”, frisou a promotora, acrescentando que o selo de qualidade ajudaria, inclusive, os comerciantes a saírem da informalidade. Ela se comprometeu também a estender a discussão com lideranças de municípios cuja bacia leiteira é forte, como Afrânio e Dormentes. O secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Ranilson Ramos – um dos que solicitaram a audiência – também garantiu respaldo aos municípios da bacia leiteira da região no sentido de implantarem departamentos de fiscalização para o setor.

O debate trouxe à Casa os prefeitos Brivaldo Pereira (Bodocó), Eliane Soares (Santa Cruz), Carlinhos Cavalcanti (Afrânio) e Geomarco Coelho (Dormentes), além dos deputados estaduais Odacy Amorim, Isabel Cristina e Adalberto Cavalcanti. O MPPE em Afrânio foi representado pela promotora Ana Paula Nunes, e a Adagro pela gerente geral Erivânia Camelo. Pela Prefeitura de Petrolina esteve presente o secretário municipal de Agricultura, Raimundo Nonato. Do Legislativo participaram da audiência os vereadores Anatélia Porto, Zenildo do Alto do Cocar, Jussaria, Ibamar Fernandes, Maria Elena, Osinaldo Souza e Alvorlande Cruz.

Durante audiência, promotora é categórica: “MPPE não quer acabar comercialização de queijo em Petrolina”

  1. AMO DORMENTES disse:

    BETINHA E JOSIMARA, AMIGAS INSEPARÁVEIS!!! COMO AS COISAS MUDAM

  2. Indignado disse:

    Pontos a serem abordados
    1 -A questão é: na feira tem queijo com certificado que não chega nem perto do são fabricados na região, esse queijo que chega com certificado não serve pra ser assado, pois são mal empressados.

    2- Outra questão que produtores querem prazo, isso leva tempo e muito dinheiro, seria no minimo R$ 30.000,00 para atender essa medida. Aí pergunto todo produtor tem esse disponivel.

    3- é como Ronaldo falou na audiencia, o que acontece que o produtor não pode ser perseguido e sim auxiliado com ajuda para ele poder viver com dignidade.

    4 -é o ponto importante foi quando Prefeito Geomarco falou que até agora não viu morrer gente por ter comido queijo e doce.

    5- A economia da região de Bodocó gira em torno da produção de queijo., ou seja, tem efeito dominó, atrapalha toda cadeia de produção, uma cidade que produz 150.000 litros e ser prejudicado com tal medida, que lei é essa que tira o direito do homem do campo de trabalhar. Se vc não pode vender como vai fazer pra circular dinheiro no comercio.

    6 – Conclusão: Quem vender queijo dessa região depois de muitos anos será caçado como fora da lei.

    7 – Só pra ser uma ideia, o queijo antes dessa medida custava em media R$ 9,00 hj custa em R$ 13,00 e não tem mercadoria suficiente pra atender a demanda devido não ter queijo da região e mais só tem cerficação, que ser igual a da região não tem como.

  3. Indignado disse:

    Carlos, as falas dos Prefeitos(Brivaldo, Carlinhos, Geomarco) e deputados (Cristina, Odarcy e Adalberto) em defesa dos produtores tambem foram convicentes. Os nossos representantes perdiram questão de bom censo, que pelo jeito não será atendido.

  4. MORDE ASSOPRA RIR E CHORA! disse:

    TUDO BEM QUE É O SUSTENTO DE MUITAS FAMILIAS, MAS CONVENHAMOS, TEM MUITOS DESSES FABRICANTES QUE NÃO TEM O MINIMO DE HIGIENE, JÁ QUE ELES ESTÃO ACHANDO RUIM, PORQUE ELES NÃO LEVAM OS ORGÃOS COMPETENTES PARA VER O LOCAL DE FABRICAÇÃO?
    O MINIMO QUE VÃO ENCONTRAR SÃO RATOS! TEM QUE SER CERTIFICADO E FISCALIZADO SIM! EU QUEM NÃO PAGAR CARO PARA COMER COMIDA SEM O MINIMO DE QUALIDADE!
    VOCÊS NÃO CONCORDAM?
    E OS POLITICOS NÃO PERDEM UMA OPORTUNIDADE DE SE APARECER, AINDA MAIS O DITADOR…

  5. jorgilson cabral disse:

    As autoridades nesse pais so serve para prejudicar quem trabalha e gera renda.

  6. RESPOSTA AOS IDGINADOS disse:

    O MUNDO MUDA, EVOLUI. ESSE PESSOAL VENDE TONELADAS E MAIS TONELADAS DE QUEIJO E DOCE COMO SE FOSSEM FEITOS APENAS PARA CONSUMO DELES PROPIOS. TEM QUE SE MODERNIZAR, SOLUÇÕES TEM VARIAS: EX.ASSOCIAÇÕES. COOPERATIVAS. MAS TEM QUE MUDAR SIM.
    O POVO ACHA QUE TEM QUE CONTINUAR TRABALHANDO IGUAL PAPAI, MAMÃE E VOVÔ ENSINOU!!!
    TEM QUE SE ACOSTUMAREM COM AS MUDANÇAS…
    OLHEM AS CONDIÇÕES QUE SÃO FEITOS ESSES PRODUTOS, VÁ LÁ NO LOCAL, COMPROVAR. SÓ TENHA CUIDADO PARA NÃO VOMITAR…

  7. MENDIGO disse:

    Concordo que se negocie com os órgãos competentes um prazo para que os fabricantes se adéqüem ao que a lei exige. Os políticos presentes que querem mostrar empenho em defender os produtores também devem se comprometam em conscientizar esses produtores do que é exigido pela legislação, devem se comprometer com ações de melhoria na fabricação desses produtos e devem buscar junto aos órgãos públicos condições e alternativas para que esses produtores consigam se adequar as exigências, seja de forma individual, seja de forma coletiva, porem sendo a forma coletiva uma realidade distante.

  8. Mary disse:

    Gente se organizem em cooperativas..ter certificado de qualidade é realmente nesceçario. Não é nenhun bicho de 7 cabeças não.

  9. A COISA É SERIA disse:

    O Governador Eduardo Campos tem que entrar firme nesta briga, primeiro influenciando para que haja um prazo de pelo menos dois anos para os produtores de leite, queijo e doce se adequarem ás exigencias da Lei e depois montando um programa de governo especifico para esta questão que fise apoiar todos os produtores com financiamentos especificos com carencia, prazos e juros baratos alem de asistencia tecnica, pois está em jogo a economia do municipio, no caso de Afranio essa atividade seguramente já responde por mais de 30% da renda do municipio, acabar com ela é falir a economia do municipio.

  10. Bom senso... disse:

    Tanta coisa mais séria acontecendo no município, nos estado e no país com relação a transgressão de normas e leis e vem promotores de justiça, que a rigor, deveriam estar a serviço da sociedade e vem atuar e se se preocupar justo com queijos !!!!!!!!!! Que país é esse ?????????
    Bastaria uma semana de acompanhamento junto a todos os conselhos municipais para saber se estão cumprindo o que determina a lei… bastaria acompanhar junto a fazenda municipal a execução necessária por lei na área de saúde … bastaria tantas coisas e nada !!! Vão pegar justo o pequeno produtor ??? Será que é pela condição humilde e de pouco acesso aos grandes escritórios de advocacia ???
    Vergonhoso….

  11. Para amo dormentes disse:

    Pois é, como as coisas mudam, e no grupo de Geomarco teimam em dizer que está tudo como na eleição passada, é só pra grego ver ou melhor pra roni ver.

  12. Resposta disse:

    Indignada eu fico aos que relatam que nas fabricas “O MINIMO QUE VÃO ENCONTRAR SÃO RATOS!” Sou neta de queijeiros, sobrinha de queijeiros, nasci e me criei comendo queijo e estou viva ate hoje e nunca adoeci por causa do nosso queijo e doce. Acredito que quem relatou isto não tenha visitado uma fabrica de queijo. A corda só arrebenta do lado fraco, pois o que estão fazendo para os pequenos produtores adequarem suas fabricas? Cade o incentivo publico? Eduardo vamos fazer alguma coisa a favor dos pequenos produtores do sertão! Ta mais do que na hora não acha?

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