Eduardo, o fiel da balança em 2014

por Carlos Britto // 02 de março de 2013 às 11:25

Eduardo Campos/Foto: SEI-PEFortemente cogitado sobre sua eventual candidatura a presidente da República em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), prefere manter o suspense.

Nas várias entrevistas que concedeu sobre o assunto, fala que “2014 é para ser tratado em 2014”. Chegou, inclusive, a contestar o lançamento da candidatura à reeleição de Dilma Rousseff (PT), a qual o socialista afirma ser aliado. Ainda.

Mas nos bastidores a história é diferente. Esse casamento entre PT e PSB já não é mais aquele dos contos de fadas.

Em seu comentário ontem (1) no Jornal da Band, o jornalista Fernando Mitre afirmou o cenário para as eleições de 2014 só será definido a partir da decisão de Eduardo: se aceita a pressão de correligionários para também entrar na disputa, ou se continua reforçando o palanque de Dilma. Ele será o fiel da balança.

Eduardo, o fiel da balança em 2014

  1. Andrade disse:

    Será o Eduardo da turma do quanto pior melhor? Ou vai entrar no jogo dos partidos nanicos para gerar um segundo turno que é uma maravilha para o pessoal da Casa Grande?

    “CANDIDATURA E AVENTURA O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) tem o direito e o caminho aberto para disputar a Presidência da República, em 2014. Tem, também, um partido em fase de crescimento, tem pressões internas e externas para romper, apoio da mídia para se projetar, simpatia de empresários preocupados com o PT, de políticos órfãos, e uma relação de conflitos com o governo capaz de produzir a crise necessária para explicar o rompimento com a candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Campos, no entanto, hesita. Está tomado por dúvidas pessoais e políticas. Titubeia…. Faz que vai, mas até agora não foi, e assim se expõe às ironias como, por exemplo, a do senador Aécio Neves, virtual presidenciável do PSDB, para quem Eduardo Campos precisa de um divã para saber se é de oposição ou governista. Nesse momento, ele tornou-se um exemplo que permite perceber a diferença entre uma aventura eleitoral e uma candidatura efetiva, vigorosa, possível de ser vitoriosa. No primeiro caso, o caminho é largo, mas ilusório. No outro, a passagem é estreita e com possibilidades de consequências danosas. Talvez irreversíveis. Eduardo Campos, 47 anos, neto de Miguel Arraes, tem o sangue do avô nas veias, mas não tem o mesmo compromisso político. É uma cara nova? atrás da qual todos andam, em nome de suspeita renovação. Ele tem uma expectativa natural de superar Arraes, político dos anos 1960, com liderança nacional e eleitorado restrito a Pernambuco. Esse é o dilema que persegue Campos. Seria a hora de romper com essa amarra? As circunstâncias não são favoráveis. Campos terá de juntar-se à estratégia da oposição de tradição conservadora para derrotar um governo de natureza progressista e rachar o partido. Como candidato, integrará o mutirão de candidatos possíveis na tentativa de levar a eleição para o segundo turno? Neste caso, a candidatura dele se somaria à de Aécio Neves (PSDB), Fernando Gabeira (PV), Marina Silva (sem partido formalizado) e o candidato do PSOL, cujo objetivo é marcar posição. Nas últimas semanas, o governador de Pernambuco tem feito críticas a alguns pontos da administração de Dilma. Marca posição e pode se valer dela para, eventualmente, explicar no futuro o afastamento de um governo que apoiou e elogiou ao longo do tempo. O PT vestiu essa saia-justa? na campanha para a eleição municipal de 2012, em Belo Horizonte. Há informações de que alguns empresários estariam dispostos a oxigenar a campanha de Campos? s recursos são importantes. Mas onde ele arranjaria espaço-tempo suficiente para montar um bom programa no horário eleitoral? O PSB tem 1 minuto e 40 segundos. Aliança? Só com partidos nanicos, que dispõem de 20 segundos ou pouco mais? Em 2010, Dilma, com nove aliados, contou com 10 minutos. O tucano José Serra, com cinco aliados, obteve pouco mais de 7 minutos. Houve cinco candidatos dos nanicos, afora Marina, do PV, que viraram fenômeno e arrastaram quase 20 milhões de votos. Campos fará acordo com uma oposição sem programa? Por enquanto, à direita, só há esperança. Ela espera o aumento da inflação, da taxa de juros, do desemprego, da inadimplência, da falta de investimentos e, por consequência, de um crescimento medíocre do País. Sem esse cenário, em 2014, as chances de qualquer opositor a Dilma são nulas. Isso mostra que no fundo do peito de cada candidato da oposição o coração bate em tom sinistro: quanto melhor pior.”

    1. Lêdo Ivo disse:

      Pertinente.

  2. JACSON disse:

    Já que nosso governador está no INFERNO, agora é abraçar o capeta.

  3. ANA disse:

    É EDUARDO VC VAI FICAR SEM FBC, VC EM 2010 NAO DEIXO O RAPAZ SER SENADOR. EM 2012, NAO DEIXO O RAPAZ SER PREFEITO DE RECIFE. GOVERNADOR TAMBÉM NÃO,
    AGORA ELE TEM Q CAIR FORA DE VC NÉ. FICA COM DEUSS DUDU.

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